quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Inaguração da ETAR do Caniço (Santa Cruz)














PGRAM


Jardim garante cumprir Programa de Governo e critica “fantasias” da oposição
“Podem inventar, entra num ouvido sai noutro”


O presidente do Governo Regional garante que nestes dois anos que faltam para terminar o seu mandato, vai fazer “ouvidos de mercador” ao que diz a oposição, que aparece na comunicação social a inventar obras que são “fantasias”. Na inauguração da nova ETAR do Caniço, reiterou que nesta fase de controlo financeiro deve imperar o bom senso e que a prioridade é cumprir o Programa de Governo, porque foi um compromisso que assumiu com a população.




Alberto João Jardim disse, ontem, no Caniço que a oposição pode inventar e reivindicar as obras que quiser mas que vai fazer “ouvidos de mercador para isso tudo, entra num ouvido sai pelo outro”, afirmou.
Jardim garantiu que “só se vai fazer o que está programado porque é isso que o bom senso e a responsabilidade financeira obrigam” tendo reiterado que “ ninguém está para deixar de poder assumir os compromissos que tomou com a população para ir aturar fantasias de outras pessoas que são inqualificadas e que foram sempre repudiadas democraticamente pelo voto da população”.
O chefe do executivo madeirense falava no âmbito da inauguração da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Caniço, situada no Sítio do Portinho, um investimento do Governo Regional no valor de 4.500 milhões euros.
Jardim sublinhou que esta obra veio colmatar uma grande necessidade dado que a antiga ETAR já era insuficiente, a qual vai ser aproveitada para servir aquela nova unidade para resolver o problema das águas residuais das freguesias da Camacha e do Caniço que juntas, ultrapassam os 40 mil habitantes.
Este número, sublinhou, representa “uma percentagem importante da população da Madeira, daí a dimensão do investimento e as tecnologias inovadoras e de ponta que estão a ser utilizadas”.
Para o presidente do Governo Regional, a inauguração desta obra significa que “continuamos na senda de apresentar coisas novas ao povo madeirense, independentemente do período político que se esteja a viver”.
Recordou que estão agendadas mais algumas inaugurações, o que significa que “a vida vai continuar” tendo advertido que “os dois anos que faltam para terminar o mandato deste Governo Regional vão ser dois anos de forte controlo financeiro”.
Garantiu que “não está em causa o lançamento do Programa de Governo mas as disponibilidades financeiras obrigam ao bom senso, se quisermos lançar tudo o que consta do Programa”.

Jardim quer bom senso
nas reuniões com as Câmaras


É com base neste “bom senso e planeamento” que garantiu que “alguns aspectos serão revistos nas reuniões com as Câmaras Municipais”, tendo exclamado que espera que estas corram tão bem como correu a reunião com a Câmara Municipal do Porto Santo.
Reiterou que “este planeamento vai ser feito com rigor” e que “o que importa agora não são os resultados eleitorais mas trabalhar para o futuro” porque “este Governo não dorme sobre os louros da obra erguida”.
De maneira que “independentemente do que se continua a dizer na Praça Pública, onde há uns cavalheiros que ainda não perceberam que o povo não gosta de irresponsabilidades” e que apesar da “sova eleitoral que as oposições levaram nestas últimas eleições, continuam exactamente na mesma, a fazer propostas desgarradas”.
Jardim advertiu que o Programa do Governo “não é uma coisa que se muda à vontade do freguês, obedece a um bolo de receitas e despesas possíveis e o que eu continua a ver é que se continua aqui e ali a fazer promessas que não constam do Programa”.
De tal forma que, garantiu que vai continuar a ignorar tudo isso porque “o sucesso da Administração Social Democrata seja no Governo, seja nas autarquias tem sido fazer ouvidos de mercador a esses disparates todos”.
Na oportunidade, o director regional do Ambiente, João Correia enumerou as qualidades da nova obra, que decorre das normas comunitárias e do apuramento em relação ao tratamento das águas residuais,.
A nova ETAR foi concebida para tratar as águas residuais recolhidas nas freguesias da Camacha e do Caniço. Recebe cerca de 4 mil metros cúbicos/dia, de águas residuais, prevendo-se que poderá chegar a cerca de 5.500 metros cúbicos/dia.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, José Alberto Gonçalves deixou uma palavra de gratidão pela forma coordenada como decorreram os trabalhos entre o Governo Regional, a Câmara e a empresa responsável pela execução do projecto.
A obra, apontou, “é a afirmação que o Caniço cresce, que o município cresce” e que “há uma vontade por parte das entidades que estão no terreno, em consolidar o nosso desenvolvimento, continuar a fazer sempre mais e melhor”.
Relembrou outras obras que estão no terreno, da responsabilidade da Câmara tendo reafirmado a sua convicção que, é desta forma coordenada que o desenvolvimento se consolida e que Santa Cruz, o segundo município da RAM “se vai afirmando cada vez mais” e “cresce, cada vez mais, de uma forma sustentada e equilibrada”.


A OBRA

A nova ETAR do Caniço é uma obra do Governo Regional orçada em 4.5 milhões de euros, com um prazo de execução de 540 dias. Constitui um passo importante na melhoria da qualidade ambiental e de vida da população do concelho de Santa Cruz e serve o objectivo de se equipar todas as freguesias da Madeira com um destino final adequado para as águas residuais urbanas. Tem capacidade para tratar um caudal médio de águas residuais de 3.917 metros cúbicos de água por dia, servindo a totalidade das populações das freguesias do Caniço e da Camacha. Esta empreitada teve como objectivo ampliar e completar o esquema de tratamento da antiga ETAR do Caniço com tratamento secundário e sistema de desinfecção, de modo a atingir os mais altos parâmetros de qualidade no tratamento de águas residuais urbanas.



Jornal da Madeira

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