No próximo mês de Dezembro, a Câmara Municipal do Funchal vai iniciar as obras de manutenção num antigo poço da Diocese, localizado nas imediações da Igreja de São Martinho, tendo em vista o reforço da água de rega às hortas urbanas daquela freguesia. Recorde-se que este fim-de-semana os proprietários destes espaços mostraram-se indignados com a falta de água, o que impossibilitou a rega após terem recorrido ao guano para fertilizar as culturas.
A Câmara Municipal do Funchal está atenta à situação da falta de água nas hortas urbanas de São Martinho e promete uma intervenção durante o mês de Dezembro, para resolver de vez este caso. A garantia foi, ontem, dada ao JM por Henrique Costa Neves, vereador com o pelouro do ambiente, que também destacou que, entretanto, serão tomadas algumas medidas no imediato para que ninguém seja prejudicado.
Recorde-se que na edição de domingo, o JM dava conta da insatisfação de alguns dos proprietários das hortas atrás referidas, devido à falta de água, após terem adubado os terrenos com guano.
Contactado ontem, o vereador da Câmara começou por esclarecer que a água que rega as hortas vem de um pequeno tanque que, por sua vez, também serve o jardim novo em São Martinho. Acontece que esse mesmo poço também fornece água de rega para todas as plantas na nova Avenida do Amparo, incluindo a ciclovia. «As necessidades de rega para toda esta área é muita e é natural que, volta e meia, a água falte, especialmente ao fim de semana, quando os levadeiros não conseguem pôr água no poço», comentou.
Ainda assim, aproveitou para assegurar aos proprietários das hortas de que esta é uma situação que está em vias de ficar resolvida em breve, uma vez que a Diocese do Funchal cedeu à Câmara um grande tanque de rega que se encontra localizado a norte da Igreja de São Martinho. «É um tanque muito grande, mesmo, que já está desactivado há vários anos, mas que nós vamos limpar e pôr a funcionar, servindo como grande reforço ao já existente», revelou.
A intervenção, acrescentou, está prevista para o mês de Dezembro, mas até lá, o vereador promete intervir por forma a que as hortas não sejam prejudicadas. «Vou falar com o levadeiro. As águas que regam todas essas áreas vêm da Levada Nova do Curral e Castelejo e vou pedir-lhe para que esteja atento ao giro e ao nível do poço para que a água não falte», comprometeu-se.
Jornal da Madeira
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