domingo, 1 de novembro de 2009
Fly MI 'arranca' na 3ª feira com transporte de carga
Companhia Aérea madeirense trabalhará com avião alugado à Europe AirPost
Data: 01-11-2009
Está em fase final de constituição a nova companhia aérea FlyMI (designação abreviada do nome comercial Fly Madeira Islands), que conforme já noticiámos está a ser criada na Região Autónoma, por iniciativa do nosso conterrâneo Miguel Freitas, comandante de linha aérea numa companhia nacional.
Na última quinta-feira, a FlyMI assinou em Lisboa um contrato de aluguer de um avião Boeing 737-300 cargueiro, actualmente ao serviço da companhia francesa Europe Airpost, que passará a voar a partir da próxima terça-feira, dia 3 de Novembro, na rota Lisboa-Madeira, substituindo a aeronave espanhola que está a ser utilizada nesse percurso.
Miguel Freitas revelou ao DIÁRIO que esta operação marca o arranque da companhia aérea madeirense, se bem que ainda não vá voar ainda com o seu COA (Certificado de Operador Aéreo). A concessão deste documento, necessário e fundamental para que qualquer companhia aérea preste serviços de transporte no sector comercial, é atribuído pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) depois da empresa ter aquirido pelo menos uma aeronave, o que aconteceu agora com a FlyMI.
O avião, que será integrado nesta primeira fase na frota da companhia madeirense, destina-se apenas ao transporte de carga e irá assegurar para já, e com melhor preço, os voos, cinco vezes por semana, que são da responsabilidade da 'Agroar', empresa que consolida com outros operadores de carga aérea, com os Correios e com uma empresa distribuidora de publicações a ligação entre Lisboa e a Madeira, um projecto que nasceu há mais de dois anos, então por iniciativa da Portway, empresa de 'handling' aeroportuário, que se instalara nessa ocasião no arquipélago.
O acordo com a Europe Airpost (ver notícia em baixo) inclui numa primeira fase a cedência de tripulações técnicas para a FlyMI. A companhia madeirense deverá ter até final do ano cerca de 20 empregados. Contudo, só em Dezembro deverá iniciar a contratação e formação de pessoal técnico navegante e de cabina, sendo dada preferência aos profissionais que residam na Madeira ou que optem por se estabelecer na Região Autónoma.
A Fly MI irá aproveitar todas as opertunidades de negócio que se apresentem. O facto de começar pelo transporte de carga, é disso prova, pois foi um espaço que Miguel Freitas constatou poder oferecer melhor preço e condições que o actual operador aéreo que está arealizar os voos.
O transporte de passageiros, quer na vertente de voos regulares, quer na de voos 'charter', é a fase que se segue. Mais demorada para a sua implantação. já que exige o lançamento de uma organização de acordo com os serviços que irá prestar aos seus clientes e de acordo com a legislação em vigor.
Empresa em montagem
Os pilares que apoiarão o edifício da FlyMI estão praticamente concluídos. O estudo económico que serviu de base e de sustentação para a criação da companhia, bem como diversos projectos de formação de pessoal, são do conhecimento das entidades regionais.
Miguel Freitas irá solicitar licença das funções que actualmente desempenha para se dedicar à FlyMI, um projecto pessoal, que conta nesta primeira fase com o apoio financeiro do Deutsche Bank/Madeira.
A partir de Janeiro é preciso preparar a companhia com mais pessoal para a chegada do primeiro avião de passageiros e para dar resposta, por outro lado, ao crescimento das operações. Neste momento existem contactos para a realização de diversos voos fretados e/ou consolidados por operadores turísticos europeus. Contudo, a evolução do mercado e a concorrência irão ditar as melhores estratégias a seguir, quer quanto ao tipo de operação, como também ao eventual crescimento e expansão do projecto.
Herdeira do prestígio da Aéropostale
O grupo Europe Airpost, que foi escolhido para parceiro da FlyMI, a nova companhia aérea madeirense, é um dos mais prestigidos no sector da aviação comercial da Europa. Emprega cerca de 800 colaboradores, e distribui a sua actividade por quatro sectores: o transporte de carga, o transporte de passageiros, o aluguer operacional de aviões e a manutenção técnica, com uma equipa de destacados profissionais, que também garantem o rápido fornecimento de peças sobressalentes. No ano passado o grupo facturou um total de mais de 350 milhões de euros.
A sua frota é constituída maioritariamente por aviões de carga, com um total de mais de 60 unidades, metade das quais são exploradas directamente pela Europe Airpost e as restantes estão subalugadas a outras companhias em todo o mundo.
O grupo, que foi criado há mais de 60 anos com a abertura da pioneira Aéropostale, que começou por transportar correio aéreo entre a França e algumas cidades da América do Sul, foi adquirido no ano passado pelo consórcio irlandês 'Air Contrators Ireland'. Até aí era pertença dos Correios franceses, que durante o dia alugava os aviões Boeing 737-300 QC (Quick Change) aos operadores turísticos e à noite realizava voos de transporte de carga aérea para os Correios.
Como tem acontecido com todas as companhias europeias, a Europe Airpost, tem voado menos este ano, nomeadamente no sector de trasnporte de passageiros.
DN Madeira
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