A As primeiras quatro de 320 famílias do concelho de Santa Cruz receberam, ontem, materiais de construção, no âmbito do programa “Tintas e Telhas” para a melhoria das suas habitações.
O projecto “Tintas e Telhas”, que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal, através da Empresa Municipal “Santa Cruz XXI”, a Agência de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira e a Investimentos Habitacionais da Madeira (tendo sido apresentada uma candidatura a fundos comunitários), representa um investimento de 1,1 milhões de euros em materiais (tintas, telhas e calhas em ferro) para as famílias com mais necessidades poderem melhorar as suas casas.
Na entrega dos materiais às primeiras quatro famílias, no sítio do Ribeiro Fernando, na Camacha, o presidente da autarquia santacruzense adiantou que no total serão abrangidas 320 famílias (há algumas em lista de espera), representando cerca de 1.500 pessoas, sendo que no total vão ser entregues 330 mil telhas, 20 mil calhas de ferro e 22 mil litros de tinta.
José Alberto Gonçalves sublinhou que com a entrega dos primeiros materiais «é um compromisso que começa a ficar hoje no terreno». Segundo referiu, o programa visa que «as pessoas tenham um maior conforto», porque há muitas casas que estão degradadas, mas é também «uma vontade de as pessoas quererem manter-se nos seus locais de habitação e nós contribuirmos para isso». «Em vez de deslocalizar as pessoas, estas mantêm-se aqui e vão ter melhores condições», acrescentou.
O presidente da edilidade referiu que a entrega dos materiais é feita de acordo com a disponibilidade das pessoas, tendo em conta que, após receberem os mesmos, estas têm 90 dias para concretizar a sua colocação. Sublinhe-se que são as próprias famílias a efectuar as obras. Refira-se que, se no prazo de 90 dias os materiais ainda não tiverem sido colocados, de acordo com o programa, os mesmos podem até ser retirados a entregues a outras famílias.
Marta Fernandes foi uma das pessoas que ontem recebeu tintas, telhas e ferro. Segundo adiantou, sem esta ajuda, não conseguia recuperar a sua casa.
Viúva há dez anos, neste período, o que tem conseguido ganhar tem sido «para comer e para os estudos» dos filhos. Este foi, portanto, um “presente de Natal” ansiado.
Jornal da Madeira
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