sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Casas da Ribeira Brava serão recuperadas

Ismael Fernandes diz que projecto abrange 500 a 600 habitações degradadas







A Câmara Municipal da Ribeira Brava vai lançar, no início do próximo ano, um projecto de recuperação urbanística que vai abranger, ao longo dos quatro anos de mandato, entre 500 a 600 casas em estado de degradação, situadas nas zonas altas do concelho.
O anúncio foi feito ao JORNAL da MADEIRA pelo presidente da autarquia, que reconheceu tratar-se de um plano ambicioso que, no final, poderá ter consumido mais de um milhão de euros. Ismael Fernandes confessou, aliás, estar «muito motivado» com o projecto que contará com o apoio do Governo Regional e com a Associação de Desenvolvimento local, a ADBRAVA. A autarquia vai ainda candidatar-se a apoios comunitários para a recuperação urbanística do município.
De acordo com o autarca, serão beneficiadas as zonas do Espigão, Ribeira da Tabua, Furna, Banda D'Além, Lugar da Serra e Terreiros, abrangendo todas as zonas altas, e incluindo ainda a Ribeira Funda.
«São zonas onde, antigamente, as pessoas construíam as suas próprias casas e estão neste momento degradadas, muitas por pintar e sem telhas», explicou Ismael Fernandes que garantiu que, nos próximos quatro anos, uma das principais apostas da autarquia será na recuperação urbanística do concelho. Até porque, acrescentou, trata-se de uma questão de qualidade de vida da população. «Tenho a noção de que, quem não tem qualidade de vida na sua casa não pode viver bem», manifestou, garantindo que a edilidade quer ajudar essas famílias. Com o trabalho preparatório já a decorrer há três meses, em termos do «levantamento exaustivo» das situações por todos os sítios da Ribeira Brava e dos materiais que poderão ser necessários, o edil mostrou-se convicto que, dentro de quatro anos, «teremos um concelho completamente diferente em termos de urbanismo, com uma imagem renovada». Por isso, reafirmou, «é um trabalho que me está a motivar bastante».
Falando ainda sobre o processo que já está a decorrer, em termos preparatórios para o arranque efectivo das obras, Ismael Fernandes disse que, para além do levantamento feito pela autarquia, as pessoas têm ido se inscrever à ADBRAVA, para contarem com o apoio da Câmara para recuperarem as suas casas.
O autarca referiu que os critérios para a atribuição da ajuda camarária, são os em vigor na Região Autónoma da Madeira, no que se refere às ajudas públicas para casas em estado degradado. «São as que não têm telha ou por pintar, que as pessoas tenham poucos recursos financeiros. Pedimos a declaração de rendimentos das pessoas, para concluirmos ou não se são mesmo pessoas carenciadas. Se assim se confirmar, serão apoiadas pela Câmara e outras entidades envolvidas», explicou ainda.



Jornal da Madeira

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