A paixão de Mário Caldeira pelos presépios fá-lo ter um em cada canto. Mas há um especial.
Data: 20-12-2009
O presépio não é (o mais) grandioso mas destaca-se pela perfeição da sua feitura, pelo enquadramento e... pelas 'estrelas' que o acolhem. São mais de 800 pequenas lâmpadas representando as estrelas que iluminam o Menino, Jesus, Maria, os pastores, os rebanhos e tantas outras figuras colocadas num espaço próprio construído para o efeito. O 'efeito' é... o presépio.
Mário Caldeira, um empresário ligado à Editora e Gráfica Eco do Funchal, destinou, na cave da sua casa edificada há 18 anos, um recanto exclusivo para dar azo à sua imaginação, recordando a infância repleta de motivos idênticos. "Lembro-me de, pequeno, o meu pai fazer um presépio com todo o cuidado", refere antes de notar que nesta sua criação optou por alguns adereços diferentes. "Deixei o papel com viochene a imitar a pedra e coloquei mesmo pedra natural", mostra, como exemplo. "Afinal, uma gruta, onde o Menino nasceu, é rocha...", justifica.
A versão actual do 'seu' presépio tem quatro anos e inclui um tanque de água "para proporcionar uma levada", servindo-se para tal de um motor de uma antiga máquina de lavar roupa "para puxar a água". "O mesmo processo é utilizado para fazer os moinhos mover", revela.
Todo este espectáculo só pode ser visto de 1 de Dezembro a 31 de Janeiro. "Faço a 'inauguração' no primeiro dia de Dezembro, com uns amigos, e o presépio fica visível até ao final de Janeiro. Nos outros meses desce o pano e só se tiver alguma visita do estrangeiro é que deixo espreitar", garante.
Mas o gosto de Mário Caldeira pelos presépios não se fica por aqui. "Em cada recanto tenho um e quantos mais melhor", confessa, com satisfação. E logo na sala principal encontramos uma representação do nascimento do Menino cujas figuras têm, quase, o tamanho de uma pessoa adulta.
"Vi-o uma vez numa montra em Barcelona e não descansei enquanto não o trouxe", confidencia, escusando-se a divulgar o valor despendido. "Foi dinheiro bem empregue", limita-se a retorquir, dando conta, também, que são precisas duas pessoas para transportar cada figura.
Com os presépios que são o seu "orgulho" em plano de evidência, a tradicional árvore de Natal não faz parte da casa. "Já fez mas agora não, em vez disso ilumino as palmeiras do jardim", diz, mostrando-se crítico "com as árvores de Natal de todas as cores que se vêem por aí...".
DN Madeira
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