quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Noite do Mercado cumpriu tradição

Milhares de pessoas mantiveram viva







Milhares de pessoas mantiveram viva a tradicional Noite do Mercado, e nem a chuva que, ao final da tarde fustigou o Funchal demoveu os entusiastas da festa, promovida pela Câmara Municipal do Funchal. O esteio de algumas horas ajudou à adesão. As ruas circundantes ao Mercado dos Lavradores, apinhadas de pessoas, encheram-se de alegria e cor, com barracas de fruta variada, flores e plantas da época, comes-e-bebes e brinquedos. No interior do emblemático estabelecimento com quase 70 anos, milhares de pessoas fizeram as últimas compras para a alegrar a “Festa”, com particular destaque para as frutas e legumes. Animados, pequenos grupos de amigos e familiares faziam despiques, em momentos que despertavam a atenção dos muitos turistas que por ali passavam. A Confraria dos Cantares, liderada pelo autarca José Alberto Gonçalves, aqueceu a noite na lota do Mercado, com dezenas de vozes entoando cânticos de Natal. A PSP tomou conta do trânsito e da ordem pública, garantindo a segurança dos cidadãos.

Chuva provoca seis desistências de vendedores

A vereadora da Câmara Municipal do Funchal, Rubina Leal, revelou a desistência de seis vendedores que haviam solicitado licença à autarquia para a Noite do Mercado.
«Este ano a Noite do Mercado conta com 76 barracas de comes-e-bebes e muita alegria. Por outro lado tivemos seis desistências de vendedores, mas ainda esta semana chegaram mais pedidos à Câmara para cá estar», revelou a autarca. Rubina Leal realçou o envolvimento na organização do evento de vários serviços da Câmara, dos fiscais que organizaram e distribuiram os espaços de comércio, bem como o serviço do mercado, protecção civil, com seis equipas apeadas de bombeiros, departamento de trânsito e PSP.

Pessoas buscam os elementos gastronómicos

Entusiasta da Noite do Mercado, o responsável pelas “Memórias Gastronómicas do Convento de Santa Clara”, João Dionísio, enalteceu a adesão dos madeirenses na manutenção da tradição do Mercado dos Lavradores. «Apesar da chuva e do frio, esta é uma noite que marca a vivência dos madeirenses», salientou, acrescentando que «o mercado tem boas condições para aguentar todas estas milhares de pessoas». Segundo afiançou, os madeirenses procuram cada vez mais os elementos gastronómicos. O espaço disponível no Mercado voltou a receber este ano muitas pessoas que procuravam degustar a doçaria conventual.

Nem a chuva demove quem vive a tradição


O advogado e ex-presidente da Junta de Freguesia de Santo António, António Rentróia é presença assídua da Noite do Mercado. Apesar do tempo instável, não quis deixar de, uma vez mais, viver a tradição na antevéspera do Natal. «Esta é uma noite com muita tradição à qual não dispenso», realçou.
Para António Rentróia «nem a chuva demove os bons funchalenses e madeirenses que vir ao Funchal celebrar esta noite que é magnífica para o convívio e manter viva a tradição». O advogado, gastrónomo assumido, não abdica de saborear as iguarias típicas da época e da “Festa” e lá estava a cumprir o ritual.

15 mil sandes de carne vinha d’alhos na noite

Ao princípio da noite, Heliodoro Caldeira, proprietário há 20 anos do emblemático Bar Cyca, à entrada do Mercado dos Lavradores, revelou ao JM que tinha disponíveis, para venda, cerca de 15 mil sandes de carne vinha d’alhos. «Esta é uma noite longa e julgo que, tal como no ano passado, vamos fazer um bom negócio», declarou confiante. «Preparamo-nos com 15 mil sandes o que representa aproximadamente duas toneladas de carne, ou seja, quantidades idênticas às de 2008».
O comerciante salientou que o melhor ano foi 2005, quando bateu todos os recordes com quase 20 mil sandes e cerca de 2,5 t de carne.



Jornal da Madeira

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