quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Madeira é o "grande destino" nacional

Crise trava aumento das vendas






Com os efeitos da crise económica ainda a fazer-se sentir, os portugueses não investem muito nas viagens de Natal e Ano Novo - apesar de as agências não registarem perdas face a 2008, as melhorias são poucas e reduzidas.
Segundo a Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), as vendas de viagens no conjunto de 2009 sofreram uma quebra que deverá rondar os 15 por cento devida à diminuição de preços e do número de viajantes, motivadas, sobretudo, pela crise e agravadas por situações como o surgimento da gripe A.
Para o período de Natal e Ano Novo, as vendas "estão a atingir níveis próximos" dos valores alcançados em Dezembro de 2008.
"O fim do ano passado foi já afectado pela crise económica, pelo que, a confirmarem-se estas estimativas, o que se poderá dizer é que não há agravamento", explicou à Lusa fonte da associação.
O director-geral da Halcon Viagens confirma: "Estamos a comparar um Dezembro mau com um Dezembro muito mau, o de 2008. Diria que estamos quase iguais ou um pouquinho acima".
Sublinhando que é o fim de ano o protagonista das vendas, Timóteo Gonçalves diz que a principal escolha dos portugueses para passar os últimos dias do ano é a própria casa, seguindo-se os programas de "revéillon" em hotéis e a Madeira, o "grande destino" nacional.
No caso de destinos tropicais como Varadero e Cancun (México) e Salvador ou Natal (Brasil), a Halcon tem só um avião para cada.

Destino Madeira regista uma crescente procura

Os dados da APAVT apontam para uma "crescente procura de destinos internos", sobretudo a Madeira, mas indicam que as capitais europeias e Espanha continuam a ter "forte procura", tal como o Brasil, Cabo Verde e Caraíbas.
Na Agência de Viagens Abreu estes três locais e a Disney, a Turquia, Marrocos e os "short breaks" europeus são mesmo "campeões de vendas".
No território nacional, avança a empresa, aumentou a procura em relação à Madeira, aos cruzeiros do Douro e aos Açores.
Segundo esta agência, as vendas decorrem conforme as expectativas, a um ritmo "muito interessante", devendo registar "um ligeiro crescimento", de uns "três por cento", face ao Natal/Ano Novo de 2008.



Jornal da Madeira

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