Projecto vai hoje à reunião da Câmara Municipal de Machico
A Câmara Municipal de Machico vai analisar hoje o projecto de construção de uma central de painéis fotovoltaicos no Caniçal, a montante do local onde será construído o cemitério da vila, no sítio da Feiteira.
O presidente da edilidade, Emanuel Gomes, sublinha que o projecto, que é responsabilidade da “Nutroton Energias SA”, é acompanhado por diversos pareceres, todos eles positivos, emanados de diversas entidades públicas. Por outro lado, a iniciativa acaba por ter efeitos positivos na economia local, até porque trata-se de uma energia “limpa”, que aproveita a luz solar.
O edil diz que tudo aponta para que seja dada, já hoje, “luz verde” ao projecto, que é acompanhado, também, por uma avaliação de impacto ambiental da estrutura.
O edil lembra também que esta é a segunda do género na Região (a primeira está a ser construída no Porto Santo, pela mesma empresa promotoras, devendo estar concluída na semana que antecede a Páscoa) e recorda que, um pouco por todo o mundo, a aposta recai agora nas chamadas energias renováveis (solar, hídrica, eólica, etc).
O vice-presidente da Câmara Municipal de Machico, António Olim, sublinha que o projecto que deu entrada na edilidade é para um central fotovoltaica com capacidade para 6 Megawatts (MW), enquanto que a do Porto Santo é de 2 MW.
O projecto está orçado em cerca de vinte milhões de euros e o prazo de exploração previsto pelos promotores aponta para 25 anos.
Segundo apurámos, a obra deverá começar em inícios do próximo ano e estará concluída em Julho próximo.
O projecto inclui seis postos de transformação, a serem instalados numa área total de 17 hectares. A área de construção será de 4,5 hectares (45 mil metros quadrados).
No total serão instalados 27 mil painéis fotovoltaicos.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Machico enaltece a existência de estudos prévios, que comprovam a viabilidade do projecto.
Marques Mendes, administrador da Nutroton, disse, recentemente, que aqueles parques são um investimento muito importante para o país e para a Região.
Sublinhe-se, por exemplo, que o projecto do Porto Santo vai produzir energia para satisfazer metade das necessidades da população da ilha e que vai permitir a poupança em termos de emissões de CO2 na ordem das 1.600 toneladas por ano. O investimento rondou os sete milhões de euros.
Marques Mendes considera ainda que o projecto vai ao encontro dos interesses da RAM já que se insere na estratégia do Governo Regional de grande aposta nas energias renováveis.
Jornal da Madeira
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