Com a aposta nas energias renováveis, em 30 anos
«Por mais longa que seja a noite, o sol volta sempre a nascer». As palavras são de João Cunha e Silva e foram proferidas ontem no tempo de antena do PPD/PSD onde falou da situação actual da economia madeirense, do que foi feito e está em execução pelo Governo Regional.
Em relação que foi posto em marcha referiu que surgiu não só porque é preciso atenuar os efeitos da crise, mas porque é imprescindível pensarmos para além dela.
Neste sentido, referiu que o Governo Regional tem tomado medidas de carácter estrutural que «vão para além do que parecia podermos» e que diz acontecer fruto de «muita determinação, criatividade e empenho».
Tecido empresarial mais sólido
São condições que João Cunha e Silva diz propiciar um tecido empresarial mais sólido e competitivo, capaz de «descobrir oportunidades por entre as dificuldades, designadamente apostando na qualidade, na eficiência, na modernização e na diferenciação».
Recordou que, além da obra feita no seu tempo, aproveitando os recursos disponíveis, estão a ser dados passos muito significativos em áreas do futuro como a energia, o conhecimento, a investigação e o desenvolvimento tecnológico. Passos que considera revelar o que diz serem os méritos de uma política empreendedora, capaz de dar resposta aos desafios que são colocados pelos novos paradigmas e «encontrar soluções para os problemas do tempo que passa e aos que se colocarão às gerações vindouras».
30% de energias limpas em 2017Em foco esteve igualmente a energia, e a aposta do executivo madeirense nas energias renováveis que contribui já para este ano na produção de 20 por cento de energias renováveis. As estimativas apontam para que, em 2017, a região autónoma possa superar 30% de participação de energias renováveis.
Neste domínio foi referida a aposta em diferentes energias alternativas. Uma passa pela produção do bio-combustível no Porto Santo, um projecto inovador a nível mundial, que permitirá à ilha inverter totalmente a dependência actual do petróleo, e a introdução do gaz natural na Madeira, que tem a particularidade de ser pioneiro numa região periférica europeia.
Relevante será a poupança que a aposta em energias renováveis vai proporcionar nos próximos 30 anos na Região Autónoma da Madeira que cerca de aproximadamente de 900 milhões de euros em combustíveis e licenças de emissão de CO2, traduzido num ganho anual de 30 milhões de euros por ano.
A atracção por instituições de renome internacional
No domínio do conhecimento e inovação foi realçado a importância da qualidade, pelo que a associação a instituições internacionais de reconhecidos méritos que permite colocar a Madeira como um dos pólos de investigação e conhecimento, atraindo alunos e investidores.
Uma oportunidade igualmente para falar das verbas disponibilizadas à base produtiva regional, apesar dos constrangimentos financeiros a que a Madeira estão sujeita.
De 2000 a 2009, foram disponibilizados 103 milhões de euros em incentivos financeiros, tendo 40 milhões sido pagos entre 2007 e Outubro de 2009, período durante o qual surgiu a conjuntura financeira internacional desfavorável, adversa ao investimento.
Por outro lado, foi recordado que, mais recentemente se juntaram mais 50 milhões de euros em linhas de crédito, com oferta de bonificação das taxas de juro, de spreads e de condições de garantia às micro, pequenas e médias empresas da região.
Acresce 60 milhões de euros dos sobrecustos das ultra-periferias que disponibilizará essa verba nos próximos três anos, através de um sistema inovador de apoio às despesas de funcionamento, custos salariais e custos com transporte.
Jornal da Madeira
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