A média anual de monóxido de carbono reduziu em cerca de 25% desde 2007
Data: 07-12-2009
Nos últimos três anos, o Funchal tem vindo a ganhar qualidade do ar. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pela Direcção Regional do Ambiente sobre as concentrações de monóxido de carbono (CO) monitorizadas pela Estação de S. João, entre 2007 e Novembro de 2009. Uma realidade que poderá ter duas explicações, a diminuição do tráfego automóvel na cidade e/ou a melhoria dos equipamentos dos veículos na filtragem do monóxido de carbono.
De acordo com os dados apurados, a média anual de concentração de monóxido de carbono sofreu uma diminuição de 25% durante este período. Em 2007, a média anual foi de 522 microgramas de CO por cada metro cúbico. No ano seguinte, passou para 469 ug/m3 e, este ano, a média dos 11 meses foi de 401 ug/m3.
Numa análise às médias mensais, as concentrações mais baixas verificam-se sempre ao longo deste ano. Uma tendência que já se verificava em 2008. No ano passado, apenas nos meses de Junho e Julho observaram-se concentrações de CO superiores a 2007.
Há dois anos, a concentração mais elevada de CO registou-se em Janeiro, com uma média próxima dos 700 ug/m3. O mesmo aconteceu relativamente a 2008, mas com uma concentração mais baixa, na ordem dos 600 ug/m3. Já neste ano, a concentração mais elevada verificou-se em Março, mas, ainda assim, inferior a 500 ug/m3.
Quanto aos mínimos mensais, eles observaram-se em Agosto nos anos de 2007 e 2008, situando-se próximo dos 400 ug/m3, e, em Junho, em 2009. São, de resto, nos meses de maior calor que se verificam os valores mais baixos de concentração de monóxido de carbono, o que não é de estranhar já coincide com o período em que a maior parte das famílias marcam as férias e também com as férias escolares. Sendo menor o tráfego automóvel, será também menor a concentração de monóxido de carbono no ar.
No que se refere às médias diárias de concentração de CO, as conclusões são semelhantes às que foram obtidas relativamente às médias mensais. As concentrações médias mensais mais baixas foram sempre observadas ao longo deste ano. De igual modo, na maior parte dos dias, as médias de 2008 foram inferiores às de 2007, com excepção das obtidas nos meses de Junho, Julho e nalguns dias de Agosto.
A média diária mais elevada no conjunto dos três anos, verificou-se em 2007 e no mês de Abril, situando-se em cerca de 1.300 ug/m3. Já em 2008, a média diária mais alta registou-se no mês de Julho, atingindo os 900 ug/m3. Valores que estão muita acima dos obtidos durante os primeiros 11 meses deste ano, não sendo nunca ultrapassados os 700 microgramas de monóxido de carbono por metro cúbico de ar. Esta foi, aliás, a concentração média diária mais elevada observada em 2009, no mês de Março.
Nos dados fornecidos pelo director regional do Ambiente, João Correia, é também possível analisar os máximos horários das concentrações de monóxido de carbono.
As concentrações horárias mais elevadas de CO dos últimos três anos obtiveram valores próximos de 4.000 ug/m3 e verificaram-se nos meses de Abril de 2007 e Agosto de 2008. Ainda assim, conforme destaca João Correia, estão abaixo do valor limite horário definido pelo Decreto-Lei n.º 111/2002, de 16 de Abril, ou sejam 10.000 microgramas de monóxido de carbono por metro cúbico.
Uma vez mais, é no ano de 2009 que se observam os máximos horários mais baixos, com excepção para alguns dias do mês de Março. É neste mês e no de Agosto que se verificam os valores mais elevados, mais que ainda assim não são superiores aos 2.000 ug/m3.
As horas de maior concentração são as que registam um maior tráfego automóvel, ou seja, as horas de ponta de entrada e saída do Funchal, por volta das 8 e das 18 horas.
DN Madeira
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