terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Governo cria quatro residências assistidas

No âmbito do Plano Gerontológico da Região Autónoma da Madeira







O secretário regional dos Assuntos Sociais disse ontem, na Calheta, que a Região deverá contar, já no próximo ano, com quatro residências assistidas, unidades destinadas a apoiar a terceira idade, de uma forma mais integrada no meio de onde são originários.
Segundo Francisco Jardim Ramos, trata-se de uma medida que consta do Plano Gerontológico da Região Autónoma da Madeira, que é pioneira em Portugal, que consiste na criação de residências assistidas, «para que os idosos que sempre viveram no seu cantinho, possam continuar a viver».
Estas residências assistidas, tal como explicou o secretário regional dos Assuntos Sociais, «são casas de proximidade, para que, junto da sua família, junto dos seus vizinhos, possam continuar a viver em espaços mais pequenos dos que os lares e, por isso, muito mais humanizados».
Francisco Jardim Ramos disse ainda que, até ao final deste mandato, o Governo Regional irá construir um total de dez lares de terceira idade, o que, tal como afirmou, «significará à volta de mais 400 lugares para internamento em lar».
Porém, realçou Francisco Jardim Ramos, que não é vontade do Governo Regional «que todos os madeirenses fiquem a residir em lares. É por isso que nós estamos a reforçar o apoio ao domicílio, que neste momento presta auxílio a cerca de 3.500 pessoas da nossa Região».
De acordo com Francisco Jardim Ramos, neste momento, a Região tem cerca de 32 mil madeirenses com mais de 65 anos. Dos quais, conforme referiu o governante, 1.243 estão internados em lares. Também interessados em entrar para lares de terceira idade, tal como afirmou, estão outras cerca de 700 pessoas idosas.
Recorde-se que, tal como já noticiámos, de acordo com as previsões demográficas, em 2050, o número de madeirenses com mais de 65 anos deverá rondar os 57,44% da população residente, mais do dobro do que existe actualmente, que pouco passa dos 15%. Esta é, também por isso, uma matéria que tem merecido especial atenção por parte das entidades regionais do sector da saúde e da segurança social.
Aliás, o próprio Plano Gerontológico da Região Autónoma da Madeira para o quadriénio 2009/ 2013 — que tem como lema “Viver mais, Viver melhor” —, que foi apresentado este ano, é já revelador da atenção que esta problemática tem merecido pelo Executivo madeirense, definindo uma estratégia e uma actuação intersectorial e multidisciplinar, sempre com o objectivo de promover a saúde e o bem-estar dos idosos.
Conforme foi referido na altura da sua apresentação, o Plano Gerontológico da Região Autónoma da Madeira está dividido em três grandes eixos de intervenção: o envelhecimento activo, as dependências e segurança e ainda a capacitação e formação específica.


Jornal da Madeira

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