A Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) tem em curso duas novas campanhas de promoção da eficiência energética na iluminação, a decorrer até 31 de Julho de 2010.
As campanhas visam a substituição de 250 mil lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas para os clientes do sector residencial/doméstico e a substituição de 50 mil balastros ferromagnéticos por balastros electrónicos para os clientes do sector do comércio e serviços.
A empresa, como principal instrumento de concretização da estratégia delineada pelo Governo Regional no âmbito da estratégia da política energética regional, definida pela Vice-Presidência do Governo Regional, pretende uma redução nos consumos de energia eléctrica na região autónoma, a potência em horas de ponta, a importação e utilização de combustíveis fósseis, as emissões de dióxido de carbono e de outros poluentes.
Sensibilizar
Complementarmente, espera sensibilizar os consumidores para as vantagens económicas e ambientais da eficiência energética, designadamente aquando da aquisição de novos equipamentos.
Trata-se de uma campanha apoiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia eléctrica 2009/2010 tendo sido aprovada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Resultados
As novas campanhas sucedem a uma outra de substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Foi lançada em Março de 2008, em particular junto do sector residencial, e igualmente no âmbito da promoção da eficiência no consumo de energia eléctrica na região, que a empresa reconhece ter tido resultados positivos.
Assim, entre 14 de Março e 31 de Dezembro de 2008, aderiram à campanha 20.020 consumidores do sector residencial. Adquirem 197.703 lâmpadas.
Por outro lado, 381 consumidores do sector do comércio e serviços adquiram 15.236 lâmpadas.
Apurados os efeitos, estas aquisições permitiram obter uma redução do consumo de energia eléctrica de cerca de 20 GWh durante um ano. À primeira vista podem não passar de números, mas se analisarmos o que representa a nível do consumo na região autónoma traduz 2% da produção de energia do arquipélago e equivale ao consumo de energia eléctrica do concelho da Ponta do Sol ou de Santana em 2007.
A título indicativo, ao substituir 10 lâmpadas incandescentes de 60 W por lâmpadas de baixo consumo de 12 W, com uma utilização média de 4 horas, consome menos 700 kWh por ano de electricidade; poupa 89 euros por ano de electricidade e evita a emissão de 490 kg de CO2 por ano para a atmosfera.
Além disso, estas lâmpadas consomem cerca de cinco vezes menos e duram cerca de 10 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes normais.
Campanha residencial
Em relação à campanha de substituição de lâmpadas todos os clientes residenciais da empresa. Cada cliente, que deve enetender-se por instalação, pode levantar até 10 unidades. São disponibilizados três formatos de lâmpadas, com várias potências e diferentes tamanhos de casquilho, com roscas pequena e grande.
Em relação aos preços das lâmpadas para os clientes aderentes são 0,96 € por unidade, para o formato standard; 1,56 €/ por unidade, para o formato em espiral e 2,40 € por unidade, para o formato clássico, semelhante às lâmpadas incandescentes. A estes valores é acrescido o IVA aplicável.
Os clientes residenciais que pretendam aderir a esta campanha devem dirigir-se a qualquer loja da EEM.
O pagamento pode ser efectuado no acto de aquisição, ou em 12 prestações mensais, através da factura de electricidade.
Resultados das novas campanhas de substituição de lâmpadas e balastros
Poupança de 2 milhões nos custos de energia
A Empresa de Electricidade da Madeira admite que as novas campanhas de substituição de lâmpadas e de balastros, que visam melhorar a eficiência energética na iluminação dos madeirenses terão efeitos extremamente positivos.
No caso concreto da substituição de lâmpadas no sector residencial os resultados esperados com a substituição de 250 mil lâmpadas incandescentes com uma potência média 60 W por lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, são, em primeiro lugar, a redução dos consumos de energia eléctrica em 12.319 MWh por ano.
Depois, há a redução da importação de fuelóleo. São menos 3.006 toneladas por ano, o que se traduz numa economia de 1.187.281 euros por ano.
Além disso, permite uma redução das emissões de dióxido de carbono em 8.755 toneladas por ano; a redução de custos na aquisição de licenças de CO2 em 108.405 euros por ano; a redução dos custos de energia eléctrica para os consumidores em 1.374 855 euros por ano. E, finalmente, a redução da potência em horas de ponta 6,75 MW (nocturnas) e 1,13 MW (diurnas).
Balastros
Em relação aos resultados esperados com a substituição de balastros no sector do comércio e serviços, considerando a substituição de 50 mil balastros ferromagnéticos por balastros electrónicos em armaduras com 1 lâmpada T8 de 36 W, com uma utilização média diária de 12 horas, os resultados esperados começam pela redução dos consumos de energia eléctrica: 4 599 MWh por ano.
Depois há a redução da importação de fuelóleo em 1.122 toneladas por ano, representando uma poupança de 443.252 euros por ano; a redução das emissões de dióxido de carbono 3.269 toneladas por ano; a redução de custos na aquisição de licenças de CO2 em 40.471 euros por ano; a redução dos custos de energia eléctrica para os consumidores: 433.686 euros por ano e a redução da potência em horas de ponta em 0,53 MW (nocturnas) e 0,84 MW (diurnas).
Feito o somatório, a empresa espera que a implementação destas duas novas medidas traduza uma redução dos consumos de energia eléctrica na região autónoma de 16.918 MWh por ano.
Além disso, vai permitir a redução da importação de fuelóleo em 4.128 toneladas por ano, representado uma poupança de 1.630.533 euros anualmente; a redução das emissões de dióxido de carbono 12.024 toneladas por ano; a redução de custos na aquisição de licenças de CO2 148.876 euros por ano; a redução dos custos de energia eléctrica para os consumidores 1.808.541 euros por ano e a redução da potência em horas de ponta: 7,28 MW (nocturnas) e 1,97 MW (diurnas).
Novidade na camapnha da Empresa de Electricidade da Madeira
Mudar os balastros poupa 20 a 25%
E, se no texto anterior abordamos a campanha das lâmpadas, neste complementamos com a novidade que são os balastros electrónicos para o sector do comércio e serviços, incluindo a hotelaria, responsável por cerca de 40% do consumo de electricidade, sendo que a iluminação tem uma parcela significativa desses consumos. A substituição de balastros ferromagnéticos por balastros electrónicos permitem uma redução dos consumos estimada entre 20% e 25%. Ao substituir balastros ferromagnéticos por electrónicos em 20 armaduras duplas com lâmpadas T8 de 58 W, com uma utilização média de oito horas por dia, consome menos 1.869 kWh por ano de electricidade, poupa 176 euros por ano de electricidade e evita a emissão de 1 330 kg de CO2 por ano para a atmosfera.
A campanha disponibiliza na totalidade 50 mil balastros electrónicos de classe energética A2, para substituir a iluminação fluorescente com lâmpadas tubulares designadas por T8 de 36 e 58 W.
Os clientes que aderirem pagam 1,50 € por balastro, podendo pagar este valor na totalidade no acto de aquisição, ou então, em 12 prestações mensais de 0,125 € por balastro através da factura de electricidade. Há a acrescentar o IVA aplicável.
A utilização de balastros electrónicos na iluminação fluorescente permite reduzir os consumos de energia eléctrica, ter uma menor duração no arranque das lâmpadas, proporcionam melhor qualidade na iluminação fluorescente e uma maior durabilidade dos sistemas.
Uma vez que a substituição de balastros requer a intervenção de um técnico qualificado, a EEM disponibiliza no seu portal (www.eem.pt) uma base de dados de instaladores que podem ser contactados pelos clientes que necessitem de apoio na substituição.
Jornal da Madeira
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não serão aceites comentarios de anonimos