A loja “DeBORLA” está instalada no Edifício BRANDIMPORT, na Cancela, na Freguesia do Caniço, no Concelho de Santa Cruz.
Dispõe de uma área de 2.000m2 de venda ao público e emprega 30 pessoas.
Trata-se de uma Loja especializada em artigos de decoração, utilidades domésticas, brinquedos, ferramentas, bricolage, jardim e mobiliário, num investimento privado que ascendeu a 1.100.000,00 Euros.
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Com Santos Silva enquanto ministro da Defesa, diz Alberto João Jardim
«Estou a ver a esquadra portuguesa toda afundada»
A O presidente do Governo Regional afirmou, ontem, que «com o Santos Silva na Defesa, estou a ver a esquadra portuguesa toda afundada».
À margem da inauguração da Loja “DeBorla”, situada na Cancela, Alberto João Jardim foi instado pelos jornalistas a comentar a composição do novo Governo da República, anunciada ontem. Jardim começou por dizer que também está habituado a formar Governos e que entende que «a formação de um Governo é da exclusiva responsabilidade do primeiro-ministro». «Não quero fazer comentários, porque o primeiro-ministro é responsável pela formação do Governo. A maneira como o Governo funcionar é não só da responsabilidade dos titulares das pastas, mas sobretudo da responsabilidade do primeiro-ministro», acrescentou.
Por outro lado, confrontado com o facto de o novo Executivo manter ministros os quais Jardim chegou a pedir que fossem demitidos, o chefe do Executivo madeirense referiu que «não tenho nada que me meter nos critérios de escolha do primeiro-ministro, a não ser que não resisto de dizer uma das minhas, é que, com o Santos Silva na Defesa, estou a ver a esquadra portuguesa toda afundada».
Oportunidade importante para o consumidor madeirense
Já no que se refere ao acto inaugural, o presidente do Governo Regional saudou o surgimento da “DeBorla” na Região e frisou que «é importante que, num momento que está caracterizado pela existência de umas certas dificuldades económicas que levarão algum tempo a ser menorizadas», apareça uma empresa com estas características, porque é fundamental, «até psicologicamente, que num período de certas dificuldades», no dia-a-dia das pessoas, estas «não as sintam demasiado pesadamente».
Neste sentido, e porque «nós compreendemos que para a qualidade de vida das pessoas é necessário usufruir de determinado tipo de bens», o governante não deixou também de referir que «os bons gestores de economia doméstica - que nomeadamente são as senhoras do casal - normalmente sabem substituir, a fim de manter a mesma qualidade de vida e o mesmo conforto, o bem que normalmente é mais caro no mercado por outro bem que é mais barato mas que cumpre a mesma função». «É isto que estamos a encontrar aqui».
De acordo com o chefe do Executivo, «surge aqui uma oportunidade importante ao consumidor madeirense de, apesar das dificuldades, poder recorrer ao mesmo tipo de bens que necessita para a sua vida quotidiana, dados os preços que aqui encontramos».
A outro nível, Alberto João Jardim sublinhou também o facto de com esta nova loja serem criados 30 novos postos de trabalho. Nesta ordem de ideias, afirmou que hoje em dia, no mundo moderno, as empresas são uma aposta conjunta tanto do empresário como dos trabalhadores. «Não há nenhuma economia no mundo que sobreviva, que subsista, que se desenvolva quando não há esta cultura de empresa, de vermos cada empresa como uma aliança, uma cumplicidade entre aqueles que detêm o capital e aqueles que têm a força de trabalho» disse, acrescentando que «só nesta conjugação de esforços é que a empresa se torna rentável, a empresa começa a ver crescer os seus lucros e o crescimento dos lucros, aí sim, legitima também que se vá actualizando devidamente os salários de quem trabalha».
O governante lembrou ainda as palavras que havia proferido de manhã no Congresso Nacional dos Economistas, designadamente que «o grande problema hoje da nossa economia é criar mais emprego». Tal como referiu, «sem mais emprego não há mais massa monetária a circular, sem mais massa monetária a circular não há crescimento da economia». Mas, acrescentou, «não é só criar emprego. É também preciso que do outro lado, daqueles que vão sendo empregados, haja uma preocupação da maior produtividade possível», pois «só criando mais valor é que se pode fazer crescer a economia e, no tempo certo, fazer o crescimento dos salários».
Por seu turno, Rui Fontes, presidente do conselho de administração da “Brandimport”, em cujo edifício está instalada a nova loja, explicou todo o processo de instalação da mesma e frisou que a “DeBorla” é uma empresa do Continente com sede na Madeira, a qual emprega 30 funcionários madeirenses que estavam no desemprego, alguns deles até de empresas do comércio tradicional que encerraram no centro do Funchal.
Além disso, sublinhou que a “DeBorla” «não é uma empresa de produtos chineses». Tal como referiu, 20 por cento dos produtos são asiáticos e 80 por cento europeus, sendo cerca de 40 por cento portugueses. Não foi também descartada a possibilidade de futuramente poderem vir a ser comercializados produtos madeirenses, sendo que «podemos aproveitar o canal de distribuição a nível nacional para poder divulgar e ajudarmo-nos nesta matéria, que julgo que pode ser muito importante».
Rui Fontes disse ainda que já há empresas que querem se instalar neste edifício, pelo que, até 15 de Novembro, vai decidir se o mesmo continuará misto ou «se iremos para outro caminho aceitando essas propostas de ordem comercial». O responsável referiu também que o aparecimento de uma loja da “DeBorla” implica o quadruplicar das vendas das lojas que se encontram ao seu redor», pelo que «queremos aproveitar esta grande mais-valia que esta loja traz à Madeira, para também a Brandimport ganhar muito com isso».
A obra
Jorge Queirós, presidente do conselho de Administração da empresa “DeBorla”, afirmou que esta completa este ano uma década, atingindo em Novembro 20 lojas e empregando cerca de 500 trabalhadores. Segundo referiu, o interesse pelo mercado da Madeira é já longo, tendo porém surgido recentemente a oportunidade de o concretizar através da constituição da sociedade “DeBorla Madeira”. A loja ontem inaugurada na Região, especializada em artigos de decoração, utilidades domésticas, brinquedos, ferramentas, bricolage e jardim, tem 2.000 metros quadrados, representa um investimento de cerca de 1.100.000,00 euros e emprega 30 pessoas.
O responsável lembrou que a “DeBorla” está inserida no grupo DESFO, o qual adquiriu em 2007 as lojas “Tribo”, que pretende brevemente instalar na Madeira e disse ainda que o Grupo DESFO iniciou a sua actividade há 23 anos, emprega actualmente cerca de 1.600 trabalhadores e tem um volume de negócios superior a 120 milhões de euros.
Jornal da Madeira
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