Infra-estrutura aguarda conteúdos multimédia para ser inaugurada, em meados de 2010
O Museu da Baleia deverá ser inaugurado em meados do próximo ano. Apesar do edifício, da responsabilidade da Secretaria Regional do Equipamento social, estar já construído, as entidades responsáveis pelo projecto entenderam por bem inaugurar a estrutura apenas quando os conteúdos da história da caça à baleia e os conteúdos multimédia estarem totalmente concluídos.
A explicação foi dada ontem pelo secretário regional do Equipamento Social, numa visita ao novo Museu, construído no Caniçal, freguesia com uma forte tradição piscatória. O investimento do Governo Regional é de 6,7 milhões de euros e resultou num edifício com mais de seis mil metros quadrados, com diversas áreas polivalentes.
Numa visita em que foi acompanhado por responsáveis pelo actual Museu, pelo presidente da Câmara Municipal de Machico e por um grupo de franceses, entre os quais um doador de um significativo manancial informativo sobre a caça à baleia no Caniçal, em termos de fotografias, Santos Costa destacou a importância daquela obra para o Caniçal e para Machico, em particular, mas também para toda a Região. Para a freguesia e para o concelho, uma vez que será um chamariz ao turismo científico-cultural e para os turistas em geral, o que irá possibilitar benefícios económicos para a população. Será ainda importante em termos de criação de postos de trabalho, sublinhou Luís Santos Costa.
«Esta é uma infra-estrutura de qualidade europeia, que vai permitir potenciar o mercado turístico e científico internacional que será muito importante não só para o museu, mas como para a freguesia e para o concelho, em termos de criação de postos de trabalho. Deverá aumentar a procura turística. É ainda uma obra muito importante neste sector e que vai enriquecer o panorama científico-cultural da região», acrescentou o governante.
Das características do espaço, onde, a título de curiosidade se pode dizer que são homenageados todos os pescadores baleeiros, da Madeira, com um painel de grande porte, com uma fotografia identificada de cada um, Santos Costa apontou a existência de um auditório e de uma biblioteca. «Temos aqui um edifício polivalente, de alto nível, que certamente nos orgulha bastante», realçou, lembrando ainda a forte componente de interacção com o exterior, nomeadamente através das escolas, com espaços para os alunos aprenderem e outros dedicados à investigação e ao estudo dos cetáceos.
Cetáceos suspensos serão atracção
Na caracterização do Museu da Baleia, fica-se a saber que «a Sala dos Cetáceos será um espaço concebido para a exposição de um conjunto de modelos em fibra de vidro de diferentes espécies de cetáceos, parte importante da fauna marinha do arquipélago da Madeira, um modelo de exibição, uma embarcação e vários quiosques electrónicos. A exposição foi planeada para um total de 12 modelos de cetáceos, que ficarão suspensos, a diferentes alturas, por tirantes a partir do tecto da sala. «Para além de apresentarem um aspecto final o mais próximo possível da realidade e o mais rigoroso do ponto de vista anatómico, cada modelo das diferentes espécies reflectirá a idade e sexo do animal e apresentará uma ficha descritiva acompanhada de desenhos e ilustrações científicas.
No que se refere ao modelo de exibição, este deverá constituir um cenário onde funcionará um auditório para a projecção de um vídeo 3D estereoscópico.
A embarcação, por seu lado, será um cenário onde os visitantes poderão recriar algumas actividades de investigação científica de cetáceos efectuadas a bordo de pequenas embarcações, designadamente, foto-identificação, censos náuticos, telemetria, etc.
Único na Europa, este projecto foi desenvolvido com o objectivo de responder ao elevado número de visitantes que procuram o actual museu naquela vila», lê-se na nota da SRES.
Jornal da Madeira
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