Santos Costa fala do futuro do sector na Madeira durante uma visita à FIC
O futuro da Construção Civil na Madeira passa pela manutenção das inúmeras obras realizadas.
Depois de concebidas as grandes infra-estruturas, importa garantir o seu bom funcionamento e é nesta base que deverá funcionar o sector da Construção.
Esta ideia foi deixada, ontem, pelo secretário regional do Equipamento Social, Santos Costa, durante uma visita à Feira da Indústria, Construção e Imobiliária - FIC 2009, na qual se fez acompanhar pelo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais.
A decorrer no Centro Internacional de Feiras e Congressos (Madeira Tecnopolo), a FIC é a maior mostra sobre o sector da construção civil regional, da responsabilidade da ASSICOM - Associação da Indústria e da Construção da RAM.
Santos Costa garantiu que vai continuar a haver trabalho ao nível da Construção, tendo em conta a necessidade de manter em bom estado as infra-estruturas “pesadas, intensas e extensas” erguidas em toda a Região.
O governante está convicto que esta vai ser uma área sobre a qual vai haver uma aposta muito grande por parte das empresas. Isso mesmo pôde constatar nalguns stands da FIC, onde já começam a aparecer empresas a falar em manutenção, exportação de serviços, gestão e tele-gestão.
“É um conjunto de áreas que têm a ver com a manutenção e gestão dos edifícios e das infra-estruturas de um modo geral - estradas e outras estruturas, onde as empresas vão ter um papel fundamental a desempenhar”, sustentou, mas “é de esperar que surjam mais obras na Madeira”, adiantou.
Até finais de 2011, vão ser concluídas as grandes infra-estruturas rodoviárias, caso das via-expresso e via-rápida para o Estreito e outras obras em curso. Outras, que constam do Programa do Governo, estão por lançar.
Internacionalizar e enveredar para outras áreas
Santos Costa advertiu, contudo, que “as empresas do sector têm que redireccionar os seus objectivos, fundamentalmente, em termos de internacionalização” porque “o espaço económico da Região, em termos de território, é reduzido e em termos de população é limitado”.
De maneira que “o potencial de crescimento, também, não é muito, portanto, as empresas têm, por um lado, que se internacionalizar e por outro, têm que redireccionar para outras actividades”, apontou. De alguma forma, “já estamos a entrar nas áreas de manutenção e de gestão das infra-estruturas construídas”, sustentou.
Instado sobre os atrasos nos pagamentos aos empreiteiros, garantiu que “o Governo procura estar atento e o mais possível em dia”, e que “embora isso nem sempre seja possível”, reiterou que “as empresas não perdem com isso porque há juros de mora aos quais têm direito, para compensar os eventuais atrasos que surjam”.
Recordou que a crise mundial atingiu, também, a Madeira, e que é mais díficil às empresas acederem ao crédito bancário, o que cria dificuldades.
Jornal da Madeira
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