No lançamento do livro sobre o empresário José Avelino Pinto
José Avelino Pinto, que viveu entre 1941 e 1998, foi ontem homenageado com o lançamento de um livro, escrito por Emanuel Janes. A cerimónia decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal. Alberto João Jardim, amigo pessoal do falecido, e Miguel Albuquerque, presidente da Câmara do Funchal, salientaram as qualidades pessoais e profissionais deste empresário da construção civil, que contribuiu para a Madeira Nova.
Alberto João Jardim disse ontem que a Madeira precisa de continuar o trabalho e a obra daqueles que ajudaram a construir a Madeira Nova. «Eles não iam perdoar que nós parássemos», disse o presidente do Governo, garantindo que irá continuar a seguir o seu exemplo de trabalho.
Jardim referia-se, em especial, ao empresário José Avelino Pinto, ontem homenageado no Salão Nobre da Câmara com o lançamento da sua biografia “José Avelino Pinto - Um Construtor da Madeira Nova”, escrita por Emanuel Janes a pedido da filha do empresário, Lúcia Pinto.
Homem de «palavra dada, palavra cumprida», «sério, honesto» e que fazia «obras impecáveis» - como disse Alberto João Jardim -, José Avelino Pinto, que viveu entre 1941 e 1998, «subiu a pulso na vida», começando em pedreiro e terminando os seus dias com uma empresa de sucesso.
Facto que levou Alberto João Jardim a lembrar «outros empresários», mais precisamente «da casta velha da Madeira, quase sempre estrangeiros», que nunca perdoaram que homens vindos do povo subissem tão alto.
A propósito, o presidente do Governo Regional, amigo pessoal do falecido ontem homenageado, recordou o grande entusiasmo e a Fé que Avelino Pinto tinha quanto à possibilidade de mudança, progresso e libertação do jugo colonial na Madeira. Objectivo a que o empresário se propôs, contribuindo para que a Região seja o que é hoje.
Pelas suas origens humildes e por aquilo que alcançou, Jardim considerou que Avelino Pinto «representa muito bem a saga madeirense». Ao contrário de muitos políticos - acrescentou -, nunca guardou rancor das suas origens e infância difíceis.
O livro, conforme explicou Emanuel Janes, resultou do pedido que lhe foi feito em Abril por Lúcia Pinto, filha do homenageado. Pedido esse baseado no facto de Emanuel Janes ter conhecido José Avelino Pinto, nos seus últimos anos de vida.
Emanuel Janes deitou mãos à obra, contactou amigos e conhecidos do falecido e assim conseguiu reunir os elementos necessários à elaboração do livro.
Por seu turno, Lúcia Pinto congratulou-se com o facto de ter conseguido concretizar o sonho que seu pai tinha de não ser esquecido quando morresse. Apesar de parecer ter adivinhado o seu fim precoce, Avelino Pinto nunca quis preocupar a família. O seu objectivo foi o de transmitir aos filhos os valores e princípios que tinha, nomeadamente a humildade, disse Lúcia Pinto.
José Avelino Pinto é «exemplo para novas gerações»
Miguel Albuquerque disse ontem que José Avelino Pinto ajudou a Câmara a construir obras «muito, muito difíceis», como a recuperação total da Rua 31 de Janeiro e a de São João Latrão, que iniciou.
Acima de tudo, segundo Miguel Albuquerque, «foi um homem que deixou boas recordações e é um bom exemplo para as novas gerações».
O autarca falava na cerimónia de lançamento do livro “José Avelino Pinto - Um Construtor da Madeira Nova”, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal.
A propósito, Miguel Albuquerque defendeu que a sociedade precisa de exemplos como os que José Avelino Pinto deu.
Na opinião do autarca, «as mudanças sociais ocorrem com as nossas mudanças individuais».
O empresário, conforme acrescentou, era um homem de grande afectividade, alegria de viver e muito ligado à família.
«Deixou boas recordações pelo seu percurso de vida e pela sua obra. Foi um exemplo para as novas gerações», disse Miguel Albuquerque, garantindo a sua satisfação pelo facto de a homenagem ter sido feita na Câmara Municipal do Funchal.
Refira-se que José Avelino Pinto deu nome a várias ruas de concelhos madeirenses, que assim reconheceram o mérito deste empresário que chegava a meter mãos à obra sem esperar pelo pagamento, apenas com o intuito de melhorar a qualidade de vida da população.
Jornal da Madeira
Homenagem do Governo Regional em 1999 dando o nome do Empressario a Estrada que liga a zona do Castelejo a Fajã das galinhas na Freguesia do Estreito de Câmara de Lobos
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