domingo, 18 de outubro de 2009

Parque Ecológico já plantou 63 mil espécies

O Parque Ecológico do Funchal - uma área protegida do Município do Funchal- já foi alvo da plantação de 63 mil espécies num total de 188,6 ha







Os projectos florestais implementados pelo Município do Funchal já permitiram a plantação, na área do Parque Ecológico, de 63 mil espécies. A plantação é uma actividade diária que vai entre o Outono e o Inverno e envolve colaboradores, escolas, associações e empresas prestadoras de serviços na área florestal no caso de projectos com apoios comunitários, conforme recorda, ao JORNAL da MADEIRA, o responsável por aquele espaço, José Manuel Rodrigues.
O objectivo dos diversos projectos florestais que têm vindo a ser desenvolvidos é o de erradicar as espécies exóticas invasoras e repor um coberto vegetal indígena. Em alguns locais, a prioridade de plantar tem em vista o restabelecimento da vegetação autóctone em áreas escalvadas. Pretende-se, também, minimizar os efeitos dos agentes erosivos.
Noutras áreas, onde a regeneração de algumas espécies indígenas é significativa, são introduzidas espécies com maior dificuldade de propagação para assegurar uma maior biodiversidade.
Em 1996, por exemplo, no Chão das Mantas, foram introduzidas duas mil e 400 plantas. Nesse mesmo ano, no Pico Alto, foram colocadas mil e 200 plantas. No Barreiro, foram plantadas, em dois anos, 71 mil e 280.
O projecto do Vale da Ribeira das Cales (vertente Este) implicou a plantanção de 10 mil e 80 plantas. Mais de 86 mil, este o número de plantas introduzidas no projecto do Chão da Lagoa e Pico dos Melros (Sul). No Pico do Areeiro, a plantação ficou-se pelas 13 mil.
Recorde-se que o Parque Ecológico do Funchal é uma área protegida do Município, criada oficialmente em 1994 com o objectivo de preservar o património natural. Localizado na zona sobranceira à cidade do Funchal, esta propriedade apresenta um desnível de 520 metros, que se situam na junção da Ribeira de Santa Luzia e do Córrrego do Pisão, até aos 1.810 metros de altitude, junto ao Pico do Areeiro, ocupando uma área aproximada de mil hectares.

Mais de 4 mil visitantes

Para apoiar os visitantes na “descoberta” do Parque Ecológico, foi criado, em 2004, o Centro de Recepção e Interpretação. Esta infra-estrutura está dotada de um auditório, de um laboratório pedagógico e de uma biblioteca temática, que servem de complemento às visitas de estudo.
Refira-se que o Parque Ecológico do Funchal tem realizado várias acções de sensibilização e educação ambiental dirigidas não só às escolas, mas também ao público em geral. As actividades de educação ambiental abrangem várias temáticas e são realizadas de acordo com a faixa etária do grupo.
Assim, são desenvolvidas acções como a fauna e flora, a geomorfologia, a erosão dos solos e os recursos hídricos, na área do Parque Ecológico do Funchal.
O mesmo espaço promove igualmente actividades práticas que vão desde a realização de percursos pedestres, plantações com plantas indígenas, bem como a execução de algumas tarefas da rotina diária do Viveiro de Plantas do Parque.
Viveiro esse que foi criado em 1988 com o objectivo de produzir plantas para reflorestar o Parque Ecológico do Funchal.
Este ano, já foram realizadas 239 visitas de estudo, as quais envolveram quatro mil e 541 jovens e adultos, oriundos não só das escolas /instituições da Região, mas também a nível nacional.

Centro Temático permite reconstituição do abastecimento

A Câmara Municipal do Funchal revitalizou a antiga Estação de Tratamento de Águas dos Tornos, tornando-a no Centro Temático da Água, um espaço dinâmico que permite, segundo José Manuel Rodrigues, responsável pelo Parque Ecológico do Funchal, reconstituir o percurso de abastecimento de água potável.
Ainda segundo José Manuel Rodrigues, «pretende-se, com esta infra-estrutura, promover actividades pedagógicas e de educação ambiental orientadas para a população escolar e público em geral, sobre a importância da água, enquanto elemento essencial à vida e ao equilíbrio dos ecossistemas».
Neste sentido, foi elaborada uma exposição permanente sobre esta temática, a qual destaca a importância dos aproveitamentos hídricos do Vale da Ribeira de Santa Luzia.
De forma a tornar o espaço mais atractivo, procedeu-se à abertura de uma entrada, possibilitando a visita às quatro cisternas que constituem aquela Estação.
A vertente turismo de natureza é outro atractivo do Centro Temático da Água, Através de uma rede de percursos pedestres, é possível percorrer levadas e veredas de grande valor paisagístico natural e cultural, assim como conhecer a diversidade de vegetação indígena e exótica.
Pode-se, igualmente, observar algumas aves mais comuns da ilha da Madeira.

Percursos pedestres

Recorde-se que na década de 1970, a edilidade funchalense construiu a Estação de Tratamento de Água dos Tornos, inaugurando-a a 3 de Agosto de 1977. Porém, o aumento da população do concelho do Funchal, aliado ao maior rigor na recolha e no abastecimento de água, levou a que, em Maio de 2000, fosse desactivada a referida infra-estrutura, passando a funcionar a Estação da Alegria.
Passados nove anos, a Autarquia veio revitalizar a antiga Estação de Tratamento de Águas dos Tornos.
Acrescente-se que o Parque Ecológico oferece vários itinerários com percursos sinalizados ou de descoberta da natureza. Existem cinco percursos sendo três de pequena rota e dois locais.

Com o Centro Temático da Água, o Parque Ecológico do Funchal realiza actividades pedagógicas e de educação ambiental orientadas para a população escolar e público em geral. São feitas sensibilizações para a importância da água enquanto elemento essencial à vida e ao equilíbrio dos ecossistemas.

Actividade escotista no Parque

O Parque Ecológico do Funchal está a ser palco, este fim-de-semana, de uma actividade escotista de âmbito mundial, denominada JOTA-JOTI. A actividade teve início na última sexta-feira, dia 16 e termina hoje, 18 de Outubro.
A mesma consiste, essencialmente, no contacto via rádio amador (Jamboree On the Air) e via internet (Jamboree On the Internet), onde milhares de escoteiros de todo o Mundo, durante 48 horas, estabelecem contactos entre si, trocando mensagens e fazendo novas amizades.
No último ano, foi instalada na Madeira, a Estação Nacional da AEP. Este ano, a Região acolhe a Estação da Federação Escotista Portuguesa (órgão que representa o Escotismo Português no Plano Internacional).
O tema proposta pela Organização Mundial do Movimento Escotista para este ano é “estar pronto para respeitar e valorizar o ambiente”.






Jornal da Madeira

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