sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Porto Santo na rota da Lindblad Expeditions

Possivelmente em 2011







A Oliver Kreuss, comandante do National Geographic Explorer, está de regresso à Madeira. O ano passado, em Setembro, esteve no Funchal a comandar o National Geographic Endeavour.
O navio que fez chegar ontem à Madeira e que hoje irá passar durante a tarde nas Desertas, foi entregue o ano passado à companhia depois de comprado em 2007 e de ser reconstruído nos estaleiros de Las Palmas entre 20 de Janeiro e 20 de Junho de 2008. Isto porque não se trata de um navio novo já que foi construído em 1982 com o nome Midnatsol como ferrie. Do navio que então tinha capacidade para transportar entre 450 a 500 passageiros passou a ter uma capacidade máxima de 150 passageiros confortavelmente instalados com uma tripulação de 93 pessoas de várias nacionalidades, considerados uma família.
Além disso, conforme confidencia uma assistente de bordo, este tamanho proporciona que conheçam os passageiros em pouco tempo.
Ontem, por ser a primeira escala, houve a bordo a tradicional troca de lembranças entre os Portos da Madeira, a JFM Shipping, que agencia o navio e a grande responsável pela sua presença na ilha, e ainda o Clube de Entusiastas de Navios.
Bruno Freitas, presidente dos Portos da Madeira reconhece que este tipo de navios constitui um nicho de mercado relevante no mundo dos cruzeiros. E, nesse âmbito, considera que a a região autónoma é privilegiada pelo conjunto de ilhas que a compõem que potenciam diferentes experiências. Entende ser "fundamental captar e explorar este tipo de iniciativas” atendendo a serem passageiros de um segmento alto.
Pela parte dos Portos da Madeira, Bruno Freitas sublinha que tem havido uma actuação muito forte em vários planos como nas feiras sectoriais, algumas vezes conjuntamente com os agentes de navegação, de forma a promover os portos. Mas aponta outras formas como o reforço da aposta junto de companhias como a Lindblad Expeditions, que reconhece ser bem explorada pela JFM Shipping, que “os portos apadrinham e tentam partilhar todas as preocupações que o agente de navegação tem, nomeadamente no esforço de promoção”.
Além deste nicho falou que, a juntar aos cruzeiros tradicionais, os Portos da Madeira estão interessados noutros como os "tall shipps", outros tipos de veleiros ou navios das diversas marinhas “que gostaríamos de ver reforçada a sua presença na região, especialmente no Verão, que seria uma forma de quebrar a sazonalidade no porto do Funchal”.
Por seu turno, João Welsh reconhece o potencial deste tipo de cruzeiros, com características muito próprias, com a procura de locais naturais e preservados. Não esconde que as escalas destes navios ainda são muito poucas na Madeira. Contudo, revela que, como agentes do navio, têm existido contactos intensos com diversos armadores, e neste caso concreto com a Lindblad Expeditions no sentido de incentivá-los a visitarem cada vez mais o Funchal, as ilhas Desertas e Selvagens. Além disso adianta que também têm sido feitos esforços para escala no Porto Santo. Diz mesmo que, pelo que foi dado a saber na última reunião com o armador, o navio poderá passar no Porto Santo no próximo ano ou no seguinte. Estamos em crer que seja em 2011 em virtude das duas escalas programadas para Março de 2010 e e Setembro não contemplarem a “ilha dourada”.
Quanto a potencial da Madeira para este tipo de cruzeiros não tem dúvidas que o tem. No caso concreto das visitas às Desertas e Selvagens reconhece que tem tido a maior recpetividade por parte das entidades no sentido de provenciar as autorizações necessárias


Jornal da Madeira

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