quarta-feira, 2 de junho de 2010

Governo segura Ronaldo no Porto Santo

Obras aguardam aprovação de Plano de Pormenor e devem começar no fim do ano


Empreendimento do grupo de CR: em causa estão 800 camas, 670 com capacidade de exploração hoteleira e 130 de imobiliário público





O vice-presidente do Governo Regional, Cunha e Silva, esteve recentemente reunido, em Lisboa, com António Salvador, presidente do Braga, de forma a assegurar que o grupo de Cristiano Ronaldo continua interessado em investir no Porto Santo, mesmo com as limitações impostas à urbanização na zona onde vai nascer o Calheta Resort.

O DIÁRIO sabe que o governante veio de Lisboa satisfeito com a reunião, já que a Plaza Prestige, consórcio liderado por António Salvador, e a que está associado Cristiano Ronaldo e o seu empresário Jorge Mendes, só espera a aprovação do Plano de Pormenor (PP) para avançar com a obra, que terá outra dimensão da inicialmente prevista. Ainda que outros investidores tenham mostrado vontade em construir na zona, para o executivo madeirense é fundamental manter o nome do jogador do Real Madrid ligado à ilha dourada.

Apesar de o PP, um instrumento de planeamento aplicado em zonas históricas ou sensíveis a nível ambiental e que aguarda aprovação pela Câmara Municipal do Porto Santo, 'atrapalhar' o projecto inicial do grupo, que prevê a construção de moradias e uma unidade hoteleira de cinco estrelas na Calheta, os sócios da Plaza Prestige não esmoreceram e pretendem avançar com a obra, confirmou Carlos Paiva, assessor da administração da empresa.

Inauguração em 2012

O porta-voz da Plaza Prestige assegurou ao DIÁRIO que a empresa aguarda apenas a aprovação do plano para iniciar os trabalhos e apontou o fim do ano como data provável para o início das obras. O responsável garantiu ainda que a empresa já está em negociações no mercado internacional, "onde a aceitação tem sido muito grande". Para a Plaza Prestige é crucial "situar o empreendimento em termos de ilha, ou seja, não dar uma ideia de uma grande dimensão em pouco espaço". "Queremos que seja arejado, bem integrado e que marque uma posição no turismo do arquipélago dando-lhe uma tónica evoluída", defendeu. Por isso, a empresa não afasta a hipótese de comprar outros terrenos, de forma a aproximar o resultado final do projecto inicial, já que em quase metade dos terrenos adquiridos a edificação não é permitida.

A Plaza Prestige reconheceu ainda que a "época actual é mais difícil" do que há dois anos atrás e que "a realidade turística é outra", ainda assim, a confiança é a palavra de ordem. "Não vamos ter dificuldades, já que o nome dos promotores associados, sobretudo o CR7, valem por si e dão algum conforto", assumiu o responsável.

Em causa estão 800 camas, 670 com capacidade de exploração hoteleira e 130 de imobiliário público de lazer. Estão previstas 48 moradias, algumas em banda e outras isoladas, que, segundo estimativas da empresa devem estar concluídas, dentro de dois anos.


DN Madeira

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