Espécimes colhidos na missão às selvagens serão expostos no Museu Municipal
A expedição às Selvagens que teve início, ontem, é a primeira grande campanha científica da era moderna, depois de ter sido tomada a decisão de promover o regresso de Portugal ao Oceano.
À margem do protocolo assinado ontem com a Câmara Municipal do Funchal, Manuel Pinto de Abreu, responsável pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) disse que a campanha que vai decorrer nas Selvagens até ao próximo dia 30 de Junho, deve ser vista como um 'marco', "não só pela dimensão, mas pelo conjunto de instituições que estão associados".
Pinto de Abreu referiu ainda que além do objectivo fundamental que é o da extensão da Plataforma Continental, não serão descurados nesta viagem os aspectos da prospecção recursos e de conhecimento e reconhecimento da biodiversidade.
Mas a parceria com a CMF que ontem foi oficializada não se esgota na expedição às Selvagens. "Temos um conjunto de iniciativas que iremos lançar a partir de Setembro próximo um projecto na área da Educação, nomeadamente a distribuição dos 'Kits do Mar' que já está a ser distribuído em escolas do continente com o objectivo de motivar as crianças para esta área", disse.
Além disso, e na sequência da missão iniciada serão também criadas colecções de referência de espécimes colhidos para integrar museus, nomeadamente o Museu Nacional de História Natural e o Museu Municipal do Funchal. "Os projectos não ficarão por aqui", garante.
No âmbito da cerimónia de assinatura do protocolo estabelecido ontem entre a EMEPC e a CMF, que tem por objecto a cooperação em projectos de investigação, desenvolvimento científico e formação, Miguel Albuquerque recordou a "vocação marítima" de Portugal. O edil acrescenta que dentro de duas décadas o mar representará 20 a 25 milhões de euros de receitas para o país.
Mas além das vantagens económicas, Miguel Albuquerque salientou o valor científico da expedição ontem iniciada e ressalvou o envolvimento do Departamento de Ciência da CMF, um departamento que hoje tem instalações, pessoal e um trabalho reconhecido.
DN Madeira
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