sábado, 5 de junho de 2010

Floresta leva milhões

Serão plantadas mais 400 mil árvores numa área de 500 hectares


O Governo Regional vai investir 3,8 milhões de euros na reflorestação de 500 hectares nas serras de Santo António, São Roque e parte de Câmara de Lobos. O anúncio formal do investimento foi feito ontem, no local, com os presidentes das juntas a marcar o arranque da empreitada. Rui Nunes e Rui Santos plantaram a sua árvore, tal como o secretário do Ambiente.




Manuel António Correia explicou que esta nova fase do 'tampão verde' ao Funchal arranca agora porque os terrenos em causa chegaram há pouco tempo à posse pública. Estes hectares foram expropriados, conforme sublinhou o titular da pasta do Ambiente. "Esta é a prova de que o Governo Regional não expropria apenas para construir estradas, escolas, centros de saúde e hospitais, também expropria em prol do Ambiente".

Com os terrenos na posse do Governo, está previsto um investimento de 3,8 milhões de euros para a reflorestação, que será comparticipado com fundos da União Europeia. Ao todo, serão plantadas 400 mil árvores, mas haverá miradouros e 10 quilómetros de caminhos. O secretário entende que assim, ao tornar a serra e a floresta acessível poderá protegê-la melhor, os cidadãos terão consciência da sua importância.

Certo, para já, é que a par da maior acessibilidade - será feito um caminho que ligará à Barreira em Santo António - a Secretaria Regional do Ambiente fará um reforço na vigilância, pois com a criação da floresta chega também o risco de incêndio. Os caminhos, que se irão manter em pedra, irão servir para os carros dos bombeiros, em caso de emergência.

Quanto às espécies, a Direcção de Florestas vai introduzir algumas endémicas nas áreas menos expostas ao vento. Serão plantados loureiros, cedros da Madeira, teixos e pardos nos recantos mais protegidos dado que, para as zonas mais expostas, a solução passa pela plantação de pinheiros e abetos. Estas árvores resistem aos rigores do tempo e conseguem suster os solos.

Os projectos e o investimento (os 500 hectares somam-se aos 1.800 que está na alçada administrativa do Governo) são, na opinião de Manuel António Correia, a prova de que a Madeira está a melhorar os seus indicadores ambientais, incluindo na floresta. Neste momento, não existe pastoreio desordenado, a florestação ganha mais área.



DN Madeira

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