quarta-feira, 2 de junho de 2010

Água da região tem qualidade

Por ano são feitas 10 análises às águas balneares, entre 15 de Maio e 30 de Setembro





Mesmo depois dos acontecimentos de 20 de Fevereiro os madeirenses não têm que temer a qualidade de água na Região, quer para consumo humano, quer em termos de água balnear. A garantia foi dada ao DIÁRIO pelos responsáveis do Laboratório de Saúde Pública Regional (organismo que está sob a alçada do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais).

Aliás, e embora a época balnear deste ano só se tenha iniciado oficialmente ontem, as análises às águas balneares da Região já começaram há cerca de um mês.
As regras em termos da legislação vigente apenas obrigam a um total de nove análises feitas quinzenalmente entre 1 de Junho e 30 de Setembro de cada ano, mas na Região, há muito que se fazem dez análises anuais, a começar ainda em meados de Maio, altura em que as praias da Madeira e Porto Santo já começam a ser procuradas.

Este ano, a título de excepção e sobretudo devido aos acontecimentos de Fevereiro último, foi ainda feita mais uma ronda de análises preliminares, antes da habitual calendarização.

Nessas análises preliminares, os resultados em algumas zonas balneares (que os responsáveis preferiram não nomear ao DIÁRIO) não foram os melhores, mas segundo garantiram, a situação já foi normalizada.
Os resultados das restantes 10 análises serão publicados e acessíveis a todos os interessados, já que, como habitualmente, vão estar disponibilizados, conforme os relatórios de cada ronda de análises estiver concluído, no 'site' do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), em http://www.snirh.pt/.
Relativamente a este ano ainda não estão disponíveis quaisquer resultados ao nível regional, mas o Laboratório de Saúde Pública garante que as águas costeiras da Madeira e Porto Santo (um total de 30 que todos os anos passam pelo escrutínio das rigorosas análises) estão bem e recomendam-se.

Mais praias de 'ouro'

A Região tem 22 praias com qualidade de ouro, mais do que aquelas que tinham obtido essa 'distinção' em 2008 e 2009.
O dado foi revelado ontem pela Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, que anualmente e com base na informação pública oficial, disponibilizada pelo Instituto da Água através do SNIRH, disponibiliza uma listagem no arranque de mais uma época balnear.
Nos dois anos anteriores, a associação ambiental tinha seleccionado um total de 19 praias da Região.

Recorde-se que as praias com qualidade de ouro são aquelas que, entre todas as zonas balneares (costeiras ou interiores) do país, obtiveram sempre qualidade de água classificada como boa nos últimos cinco anos (neste caso de 2005 a 2009) e que, na época balnear anterior (2009) tiveram sempre análises boas.
Segundo a Quercus, o concelho da Região com mais praias de ouro é o do Funchal, no total de sete (Lido, Barreirinha, Ponta Gorda, Formosa, Praia Nova, Areeiro e Clube Naval do Funchal), embora seja ressalvado que este ano, e devido aos estragos causados pelo mau tempo, o Complexo Balnear do Lido não vai abrir.
Segue-se o Porto Santo com seis praias (Cabeço da Ponta, Calheta, Fontinha, Penedo, Ribeiro Cochino e Ribeiro Salgado), Porto Moniz com duas (Porto Moniz e Praia da Laje), Santa Cruz também com duas (Reis Magos e Roca Mar) e Machico com outras duas (Prainha e Ribeira do Natal).
Na listagem da Quercus surgem ainda a praia da Calheta, a da Ribeira Brava e a Ribeira do Faial (Santana).

Água da rede sem problemas

Além das análises às águas balneares, e embora a gestão, controlo e tratamento das águas da rede de abastecimento público dependa da Investimentos e Gestão da Água, (IGA), ao Laboratório de Saúde Pública compete uma vigilância 'mais ligeira' de água para consumo humano, conforme atribuições da autoridade de saúde em matéria de vigilância sanitária.
E segundo os técnicos, quer as análises feitas regularmente pela IGA, quer as acções de vigilância levadas a cabo pela Saúde Pública comprovam que a água 'da torneira' na Região é de muito boa qualidade.

Embora, e devido ao temporal do passado mês de Fevereiro, a rede de abastecimento de água potável, sobretudo nos concelhos do Funchal e da Ribeira Brava, tenha sofrido rupturas, o que facilitou a contaminação em algumas localidades, há já alguns meses que a normalidade foi totalmente reposta e hoje a água da 'rede' tem a boa qualidade de sempre, não sendo necessária ser substituída por água engarrafada.
Para evitar quaisquer dúvidas quanto à qualidade da água para consumo humano, a legislação vigente obriga as entidades gestoras (neste caso a IGA) a publicitar os resultados analíticos obtidos de forma regular.

Sabor a cloro na água da torneira é bom sinal

Quando o cloro é utilizado como desinfectante no tratamento da água para garantir a qualidade microbiológica da mesma ao longo de todo o seu percurso, desde as estações de tratamento, passando pela rede de distribuição até às torneiras dos consumidores, ocasionalmente, o cheiro e o sabor do cloro podem ser sentidos.

Porém, segundo explicam os técnicos do Laboratório Regional de Saúde Pública, os consumidores não devem temer ou questionar a presença do cloro na água que bebem ou usam para cozinhar alimentos, visto que a presença deste é uma garantia de que a água está desinfectada, logo não tem microrganismos que podem prejudicar a sua saúde. Desde que esteja dentro do valor legal, a presença de cloro na água não apresenta perigo para a saúde.

O cloro tende a desaparecer da água, em função do tempo que permaneça nas condutas e da temperatura ambiente. Para eliminar o odor a cloro, as pessoas são recomendadas a retirar a água para um jarro, agitá-lo e deixá-lo repousar um pouco antes de beber


DN Madeira

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