Expo energias: Considera Ricardo Aguiar, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia
Ricardo Aguiar, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia considera que Portugal tem muitos desafios pela frente no que toca às energias renováveis. No caso da Madeira, as alternativas, no seu entender, são «aproveitar o melhor possível as energias renováveis que tem ao seu dispor – o vento, o sol, as ondas – e apostar muito na eficiência energética».
Aproveitar o melhor possível as energias renováveis que tem ao seu dispor e apostar na eficiência energética são as alternativas que devem ser seguidas pela Região, no entender de Ricardo Aguiar, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.
Ricardo Aguiar, que foi um dos oradores convidados numa conferência incluída no programa da “Expo Energias 2010”, subordinada ao tema “O desafio climático: Novos paradigmas e Metas para a Energia em Portugal”, começou por dizer que os desafios que se colocam a Portugal neste domínio passam por «reduzir muito a dependência energética que temos face ao exterior, que é à volta de 80 por cento», nomeadamente em termos de importação de petróleo, carvão e gás natural. O prelector sublinhou que esta é não só uma questão económica (dado que as importações «desequilibram muito a nossa balança de pagamentos»), mas também ambiental.
Este responsável frisou a necessidade de incrementar as energias renováveis em detrimento dos combustíveis fósseis e referiu que há muitas fontes de energia, sendo que «temos de escolher as mais adequadas para cada região».
Neste seguimento, questionado sobre quais as alternativas para a Madeira a este nível, enumerou algumas das particularidades da Região, nomeadamente o facto de estar isolada geograficamente, de ter uma população muito grande em relação ao seu tamanho, de se basear no turismo, «que é muito consumidor de energia», e de ter uma orografia complicada, o que dificulta em termos de transportes. Por isso, afirmou que o que a Madeira «tem de fazer é aproveitar o melhor possível as energias renováveis que tem ao seu dispor – o vento, o sol, as ondas – e apostar muito na eficiência energética». Contudo, acrescentou que «é difícil que alguma vez se venha a ser auto-suficiente». Aliás, disse que «as várias regiões têm as suas especialidades» e que «não é preciso estar obcecado com a auto-suficiência».
Por outro lado, embora reconheça que seja difícil numa altura de crise, aconselha a que as pessoas, para poupar, comprem «a melhor tecnologia que têm ao seu alcance», tais como electrodomésticos mais eficientes e carros que consumam menos.
Jornal da Madeira
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não serão aceites comentarios de anonimos