Cortar a direito. Essa foi a tónica evidenciada por João Cunha e Silva, vice-presidente do Governo Regional, depois de visitar ontem as obras em curso na recuperação da Tabua. Com os trabalhos a decorrem a ritmo acelerado, o governante teve ocasião de dar exemplos de grandes construções implantadas no leito da ribeira, a desviar o seu curso. Doa a quem doer, terão de deixar a água seguir a sua linha normal.
Vice-presidente visita a Tabua e diz que a ribeira vai ser corrigida, “doa a quem doer”
Governo corta a direito
O vice-presidente do Governo Regional deixou bem claro que o leito das ribeiras vai ser corrigido. Doa a quem doer, expressa João Cunha e Silva, depois de visitar os trabalhos acelerados de reconstrução do que a intempérie de Fevereiro estragou, concretamente na freguesia da Tabua. Uma deslocação onde foi acompanhado por Santos Costa, secretário regional do Equipamento Social, e de Daniel Figueirôa, director regional de Infraestruturas e Equipamentos.
O vice-presidente evidenciou que se tratou de uma visita para acompanhar as obras que estão a ser feitas na reconstrução, não na marginal, que está de pé, mas desde o cimo da montanha até cá em abaixo.
“São imensas as obras que a equipa da Secretaria Regional do Equipamento Social tem estado a trabalhar ao longo desde o temporal”. Trabalhos que diz incluir desde pontes até às limpezas das ribeiras, que estão a ser feitos para “melhorar significativamente a situação”. Conforme diria aos jornalistas no final da visita às obras “num espaço tão curto de tempo, aqui está a trabalhar-se depressa e bem”.
Não obstante o bom ritmo dos trabalhos que podemos comprovar, o vice-presidente evidenciou algumas preocupações no domínio de detereminadas construções que deixa claro terem de ser emendadas. “Depois do que aconteceu não se justifica que se encontrem nos locais onde estão”. João Cunha e Silva refere-se concretamente a construções que enconlhem a ribeira como podemos constatar ontem em dois casos. Uma a meia encosta com uma unidade fabril ou armazém a ocupar o leito da ribeira, e a fazê-la mesmo desviar o seu curso (conforme se pode ver na imagem superior desta página, à direita), e outra na foz da ribeira da Tabua, onde haverá necessidade de corrigir traçados, abrangendo quintais de casas e, de uma forma mais acentuada, uma grande “barriga” de um estaleiro situdo junto à marginal, que será cortado a direito para que o curso de água siga em linha recta até o mar.
Concurso para a ponte velha lançado no Verão
Em relação à estrada antiga, à ponte velha e ao grosso da obra a desenvolver de desassoreamento das ribeiras o governante revela que o projecto já está a ser feito e adianta que o concurso será lançado no Verão.
Ou seja, João Cunha e Silva sintetiza e sublinha que, em relação à Tabua, tudo se encaminha para estar soluccionado no domínio das decisões a tomar.
Quanto a dinheiros para a reconstrução, concretamente a consagrada na Lei de Meios, diz que ainda não chegou à Madeira. Mas evidencia que a Região Autónoma não pode estar à espera do Inverno. “Temos de fazer até o final do Verão tudo o que for possível, sobretudo o mais urgente. Por isso, não podemos estar à espera do dinheiro”.
Adianta que o fundo de solidariedade da União Europeia só chegará no Outono. “Não podíamos estar à espera para resolvermos estas questões. O Governo, e bem, deitou mãos à obra. Mesmo sem dinheiro, mas com a compreensão das empresas de construção civil, sabendo, no entanto, que vão receber porque há fundos para esse efeito”.
Em relação a alguma contestação que surgiu recentemente com a nova ponte no sítio da terça, João Cunha e Silva reconhece que também ele terá colocado algumas interrogações. Mas, depois de tudo clarificado, e de ver in loco, diz estar certo que, no final, as pessoas irão aperceber-se que até será uma zona aprazível e com um contorno suave.
Jornal da Madeira
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