Pullmantur em força

(Joao Abreu in Blog NaviosFunchal)

Comandante de navio diz que prédios altos não favorecem a paisagem
Data: 07-06-2009

A primeira escala do 'Pacific Dream' no porto do Funchal foi assinalada anteontem com uma recepção a bordo, na qual marcaram presença os representantes da Administração dos Portos da Madeira, uma delegação do Clube de Entusiastas de Navios da Madeira bem como João Welsh, o administrador da João de Freitas Martins, SA, agente de navegação dos paquetes da Pullmantur para a Madeira.

No decorrer da cerimónia, Antonio Alonso, comandante deste paquete, referiu que está muito satisfeito por regressar à Madeira. "Conheço esta ilha desde os anos 60. Recordo ainda o antigo casino e a famosa espetada. Sobre o cruzeiro, o mesmo está muito bem organizado e concebido", disse.

Já Luís Jardim, presidente do CEN, referiu que "esta escala semanal deste paquete na Região é muito importante para a Madeira e permite que muitos madeirenses possam realizar uma viagem com início e final na Pontinha.

Por sua vez João Welsh, referiu que "o facto de a companhia Pullmantur colocar este navio nos cruzeiros 'Jóias do Atlântico' demonstra que esta aposta está ganha e que efectivamente existe mercado para estes cruzeiros semanais na Região", referiu.

À margem desta recepção, o comandante referiu que "esta operação deverá repetir-se no próximo ano, até porque as taxas de ocupação do navio estão a corresponder às expectativas traçadas. Na próxima semana teremos cerca de 1.200 turistas, maioritariamente portugueses". Sobre a Madeira, acrescentou que "mudou muito, bem como o porto. O porto está em obras, uma situação que é transitória e que de futuro melhorará ainda mais a forma como somos recebidos. Quanto à ilha em si, acho que a construção de prédios altos não favorece a encosta, mas é o desenvolvimento", concluiu.

Sobre a hipótese de a Pullmantur vir a concretizar no próximo ano este cruzeiro, com escala semanal no Funchal, João Welsh é de opinião que "tudo aponta nesse sentido. Este cruzeiro é importante para todos nós, agentes de navegação, administração dos portos e para o turismo na Região. Por outro lado permite que os madeirenses possam realizar cruzeiros com início e final no Funchal, sem as tradicionais maçadas de aeroportos. Este é um bom produto com a particularidade de, na formação do preço do mesmo, estar tudo incluído e a preços extremamente competitivos".

Questionado pelo DIÁRIO se deverá a Portos Madeira proporcionar taxas portuárias mais vantajosas para este tipo de escalas, João Welsh foi peremptório na resposta: "Não. Acima de tudo, acho que não há necessidade de haver mexidas nas tarifas no porto do Funchal. O benchmarking que existe entre os portos desta zona, nomeadamente, de Canárias, permite que os valores das taxas portuárias estejam devidamente alinhados. O importante é dar um bom serviço aos turistas que nos visitam bem como aos respectivos paquetes. Os demais intervenientes nas escalas de paquetes - agentes, agências de viagens, Portos, Autoridades -, têm de prestar serviços de excelência", concluiu.



DN Madeira