domingo, 21 de junho de 2009

22 pavilhões instalados nos parques empresariais

Medida da Vice Presidência vai permitir transferir oficinas de zonas urbanas

Construçao dos Pavilhões no Parque da Serra do Estreito de Camara de LObos


Construçao dos Pavilhões no Parque da Ribeira Brava









A Madeira Parques vai construir vinte e dois pavilhões até final deste ano. As estruturas serão instaladas nos parques do Estreito Câmara de Lobos, Ribeira Brava e Calheta. O objectivo é dar resposta a solicitações de pequenos empresários e das Câmaras, que pretendem transferir oficinas, sobretudo, de mecânica, carpintaria e metalúrgicas, de zonas urbanas para aquelas infra-estruturas construídas pela Vice-Presidência do Governo Regional.
Por outro lado, com estes pavilhões responde-se à reduzida capacidade de investimento de algumas micro-empresas.
Esta medida será, depois, alargada, pela Madeira Parques, estrutura tutelada pela Vice-Presidência, aos parques da Ponta do Sol, Porto Moniz, Santana, São Vicente, Porto Santo e Machico.
Por outro lado, lembre-se que a actual taxa média de ocupação dos doze parques pertencentes à MPE, e isto apesar da difícil conjuntura económica e de terem sido planeados para um horizonte temporal alargado, ronda os 41%. Com efeito, dos 429 lotes/pavilhões disponibilizados, a nível global, 176 já estão ocupados.
Segundo fonte da MPE, esta circunstância «resulta do esforço colocado nas políticas e nas medidas de incentivo criadas pela Vice-Presidência».

Procedimentos concluídos

Aquelas medidas, acrescentou, vieram dar «um enquadramento mais atractivo para a instalação de projectos nestas infra-estruturas, com claros benefícios para o sector empresarial, num contexto económico particularmente desfavorável».
Refira-se ainda que, depois de deixadas para trás as dificuldades iniciais, inerentes ao registo das parcelas de terreno, a MPE está agora a terminar as burocracias respeitantes aos processos de loteamento.
Uma recente portaria da Vice-Presidência veio aprovar o novo Regulamento de Utilização e Frequência dos Parques Empresariais (RUFPE), que permite a aquisição, pelo utente, do lote ou pavilhão industrial, o que vai ao encontro das pretensões dos empresários.

Autorizar alienação e oneração


Para breve, pretende o Governo Regional autorizar a alienação ou oneração de lotes e pavilhões dos parques empresariais concessionados à MPE, por se entender que, conforme já foi dito, essa é uma medida essencial para a captação de investimento, potenciadora de criação de emprego e, consequentemente, fundamental para a realização do interesse público.
Lembre-se ainda que os parques empresariais apresentam-se já infra-estruturados (o que diminui os custos das instalações empresariais) e ainda oferecem benefícios e incentivos da natureza financeira e fiscal, importantes para o desenvolvimento das actividades empresariais.
O Sistema de Incentivos à Revitalização Empresarial, lembre-se igualmente, consagra condições específicas e únicas para as empresas que se instalem e desenvolvam projectos nos parques empresariais, nomeadamente, uma taxa de apoio de 45% do investimento elegível.
Outra benesse é, quando, por laborar em situação de licenciamento precário, as empresas tenham de se instalar nos parques, os projectos não estarem sujeitos a qualquer critério de selecção, considerando-se imediatamente aceites para efeitos de concessão daquele subsídio.

Benefícios fiscais


Por outro lado, todos os projectos orçados em 125 mil ou mais euros (75.000,00 para o caso de jovens empresários), localizados nos parques empresariais da Ribeira Brava, Calheta, Ponta do Sol, Porto Moniz, São Vicente e Santana (com um período de vigência até 10 anos), podem aceder, segundo decisão do Governo Regional, a benefícios fiscais de natureza contratual, poupando em IRC um montante que pode atingir 35% do valor do investimento realizado e podendo, ainda, beneficiar de isenções em sede de Imposto de Selo, Imposto Municipal sobre Imóveis e Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis.
As Câmaras também têm vindo alterar procedimentos, por forma a incentivar a implantação das empresas nos parques industriais, reduzindo ou mesmo isentando de as taxas e licenças camarárias os projectos.



Jornal da Madeira

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