sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ataques a paraísos fiscais poderão beneficiar o CINM

Director comercial da SDM destaca aumento de interesse pela praça da Madeira







A A Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), no âmbito da actividade da rede Enterprise Europe Network , e em parceria com a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) promoveu ontem uma sessão alusiva ao tema “Centro Internacional de Negócios da Madeira – Um instrumento de competitividade adequado às empresas regionais”.
Na sessão, que decorreu na Casa-Museu Frederico de Freitas, Roy Garibaldi, director comercial da SDM, destacou a parceria existente entre a ACIF e a SDM, a qual, realçou, permite “actualizar e aprofundar informações sobre o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), designadamente sobre as oportunidades que o CINM oferece ou faculta aos investidores regionais”.
Neste âmbito, acentuou que são várias as empresas regionais que “têm vindo a utilizar a Zona Franca em algumas das suas vertentes, especialmente na área industrial”, referindo ainda que através do CINM é dada a “possibilidade das empresas regionais internacionalizarem-se” tirando “partido do regime fiscal”.
Questionado sobre se a Zona Franca tem sido afectada pela crise financeira e económica mundial, o director comercial da SDM referiu que o CINM tem “registado um decréscimo na concretização de alguns projectos” embora, acentue, que “não tem decrescido o interesse” pelo CINM. “Há sobretudo algum adiamento nas decisões, o que não acontece apenas na Madeira, acontece também nas outras praças”, sublinha.
Neste âmbito reconheceu haver também “alguns casos de empresas que por dificuldades económicas e dificuldades de mercado tiveram que encerrar as suas operações”.
Observou também que o facto dos chamados paraísos fiscais terem sido “alvo de ataque por parte a OCDE, do G20 e, mais recentemente, por parte da administração Obama nos EUA” pode levar os investidores “a procurarem alternativas, nomeadamente numa praça credível e que não tenha a classificação de paraíso fiscal e que tenha a transparência e a estabilidade que qualquer investidor deseja”.
Roy Garibaldi adiantou mesmo que a SDM tem sido contactada por vários investidores, considerando que “existem oportunidades” de “aproveitar os resultados desses ataques aos paraísos fiscais e aos offshores”, o que, sublinhou, “pode levar à transferência de algumas empresas que estavam sediadas em outras praças para a Madeira”, acrescentando que “há que aguardar pelas decisões”. Disse ainda que as empresas são sobretudo da área dos serviços e do transporte marítimo.


Jornal da Madeira

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