domingo, 21 de junho de 2009

Junta já pediu à Câmara para alterar PDM de Santana



(Hugo Reis)





AA Junta de Freguesia de Santana já deu a conhecer à Câmara Municipal o facto de ser necessário alterar o Plano Director Municipal (PDM). Segundo o presidente da Junta, António Joaquim Rosa, com o crescimento populacional tornou-se importante “alargar” a zona de construção, dando desta forma resposta a alguns pedidos que lhe são feitos e que não são possíveis de se concretizar devido ao actual PDM.
Santana já deixou para trás o peso que a ruralidade lhe conferia quando ainda não existia a via expresso e infraestruturas que ajudassem no seu desenvolvimento. Está em crescimento e é das poucas freguesias viradas a norte que está a conseguir fixar a sua população. O Parque Temático da Madeira, a vinda da cadeia de supermercados Sá e os vários hotéis aqui construídos vieram dar emprego a muitas pessoas de Santana. Também a contrução da via expresso veio encurtar distâncias e hoje «já temos muitas pessoas a trabalhar em Machico e no Funchal e a residir em Santana», assegura o autarca local afirmando que «os habitantes de Santana têm neste momento uma qualidade de vida quase semelhante aos das cidades de igual dimensão europeias».
Segundo os censos de 2001 Santana tem cerca de quatro mil habitantes.
António Joaquim Rosa explica que desde o seu primeiro mandato que a Junta de Freguesia de Santana tem optado por fazer uma política de proximidade junto da população.
«Nós temos feito mais aquelas pequenas obras relacionadas com o dia-a-dia e que passam pela cimentação de veredas a arranjos de pequenos troços de estradas e arranjos de levadas. Além disso, temos ajudado também a população mais carenciada, com a oferta de alguns materiais. Também fazemos anualmente um jantar de estudantes universitários, realizamos passeios a pé, assinamos protocolos com as entidades culturais e desportivas da freguesia de Santana e ainda no dia da freguesia fazemos a homenagem ao melhor aluno.
Dá também apoio às escolas através da cedência de fotocópias e oferece livros para a biblioteca. Ajudou na compra de uma carrinha para o Santanense e apoiou as instituições desportivas e culturais.
Com um orçamento que ronda os 98 mil euros, a Junta tem contado com o apoio da Câmara Municipal (que ajuda com alguns materiais de construção) e ainda do Instituto Regional de Emprego que disponibiliza a mão de obra.

Obras são precisas sobretudo
no centro da cidade


Santana precisa de algumas obras, principalmente no centro da cidade. A primeira fase já avançou mas o presidente entende que a grande obra será a canalização dos ribeiros que atravessam o centro da freguesia. António Joaquim Rosa diz que esta obra permitirá a criação de estacionamentos, de novos arruamentos e traçará perspectivas para outro tipo de desenvolvimento.
Ainda a respeito de futuras obras, o autarca local adianta que Santana vai ter também uma central de autocarros semelhante à que já existe em Machico, infraestrutura que servirá de abrigo às pessoas e aos próprios autocarros. O presidente não tem dúvidas que esta infraestrutura virá beneficiar a população da freguesia uma vez que, por estar localizada a norte, há tendência para uma maior pluviosidade e deste modo as pessoas teriam um espaço onde poderiam aguardar a vinda do autocarro de uma forma mais cómoda.
«Bem servida» em termos de Educação, Santana tem três escolas a funcionar a tempo inteiro, um infantário e ainda uma escola secundária.
«Neste momento faz-nos falta um novo pavilhão ou a cobertura do polidesportivo na escola secundária. Devido às condições climatérias por vezes torna-se um pouco difícil os alunos realizarem a sua prática desportiva. Precisamos também de remodelar, com alguma emergência, a parte eléctrica do campo de futebol de Santana. É também necessário criar um espaço para treinos pois neste momento já faz falta», ressalva o autarca respeito das obras que gostaria de ver colocadas no programa do próximo mandato.
Incluída no programa de Governo e bastante esperada pela Junta está a construção do novo Centro Cívico de Santana, no sítio Pico António Fernandes. É para estar concluído até 2011 e lá ficarão as Finanças, a Delegação Escolar, Segurança Social, Junta de Freguesia e Registo Civil.







Também já está traçado o projecto para o futuro lar de terceira idade que ficará na Achada do Gramacho, nas imediações da Quinta do Furão; a construção de uma queijaria no Centro de Ovinocultura e da já anunciada Praça da Cidade.
A estes últimos quatro anos de mandato, António Joaquim Rosa faz um balanço positivo. Pelo quarto mandato consecutivo, o autarca local confessa que tem «tentado resolver os problemas que afligem a população. Em termos monetários não temos enfrentado o melhor cenário mas penso que fizémos tudo aquilo que estava ao nosso alcance».
«Dependendo daquilo que o partido entender é que eu vou poder dizer se vou ou não continuar. Aliás, um dos lemas que sigo é que se estou a trabalhar para a população tenho de fazer o melhor por elas», esclareceu o presidente.



Jornal da Madeira

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