domingo, 14 de junho de 2009
Inaguraçao do Santa Cruz Plaza
PGRAM
Jardim diz que em Santa Cruz existem pessoas bastantes para tomar conta da Câmara
«Não é preciso mandar pessoas para fazer farra»
Alberto João Jardim disse, ontem, em Santa Cruz, «fazer votos» que o presidente da Câmara «tenha a confiança da população, porque merece essa confiança». Nesse sentido, afirmou que «não é preciso vir gente de fora do concelho para aqui se candidatar a presidente da Câmara, porque, felizmente, no concelho de Santa Cruz existem pessoas bastantes para tomar conta da Câmara, para tomar conta das suas juntas de freguesia e não é preciso mandar pessoas para aqui para fazer aqui uma grande farra».
O presidente do Governo Regional disse ontem que em Santa Cruz «existem pessoas bastantes para tomar conta da Câmara» e que «não é preciso mandar pessoas para aqui para fazer aqui uma grande farra».
Alberto João Jardim falava na inauguração do edifício “Santa Cruz Plaza”, investimento privado que fica situado na área de expansão da cidade de Santa Cruz, junto à ribeira, local cujo Plano de Urbanização está em fase de discussão pública.
Começando por felicitar o presidente da Câmara, por ter tomado a «decisão certa» de rever o Plano de Urbanização, Jardim lembrou que o Parlamento da Madeira «aprovou uma lei que facilita e que reduz as encrencas que as leis portuguesas do continente criavam à volta de investimentos, como por exemplo investimentos imobiliários».
Nesta onda de elogios, o chefe do Executivo disse «fazer votos» que o presidente da Câmara «tenha a confiança da população, porque merece essa confiança». «Repare-se a cidade que está hoje Santa Cruz», exemplificou. Neste sentido, disse que «não é preciso vir gente de fora do concelho para aqui se candidatar a presidente da Câmara, porque, felizmente, no concelho de Santa Cruz existem pessoas bastantes para tomar conta da Câmara, para tomar conta das suas juntas de freguesia e não é preciso mandar pessoas para aqui para fazer aqui uma grande farra».
Por outro lado, numa altura em que «atravessamos um período complicado, quer por causa dos cortes que o governo socialista fez à Madeira, quer depois pela evolução da conjuntura internacional, que em Portugal sai mais agravada devido à incompetência e ao desnorte daquele governo socialista», o presidente do Governo Regional agradeceu aos empresários privados pelos investimentos que têm feito na Região. Aliás, disse que nos últimos meses, «o número de inaugurações que eu tenho feito tem sido um número mais ou menos equilibrado de investimentos privados e de investimento público», sendo que esse equilíbrio «tem sido fundamental». «Quero agradecer, porque os empresários privados foram decisivos para que a Madeira se continue a aguentar como se vem aguentando num período tão complicado», frisou.
O governante referiu que, perante a difícil conjuntura, «a Madeira tem-se aguentado». «Infelizmente, há um pouco mais de desemprego, mas temo-nos aguentado. A economia tem funcionado», adiantou. Nesta ordem de ideias, disse também que a tolerância de ponto concedida na passada sexta-feira «não foi por acaso». «Esta semana, com estes feriados, pude observar como é que isto estava a funcionar. Não foi por acaso que com antecedência o meu Governo anunciou a tolerância de ponto na sexta-feira. Foi mesmo para atrair pessoas a férias e com essas férias mexer a economia da ilha e mexer o consumo, até porque o Governo, quanto mais consumo, mais ganha em impostos», disse, acrescentando que «foi também visando essa estratégia de pôr a economia a funcionar» e que tal se revelou «mais lucrativo» do que pôr as pessoas a terem de ir trabalhar às repartições públicas.
Por outro lado, tendo em conta a localização do edifício, na zona de expansão da cidade, Alberto João Jardim sublinhou que em Santa Cruz está a ser seguida a mesma estratégia de outras vilas e cidades da Região, designadamente o crescimento ao longo das ribeiras, após a canalização das mesmas, com a segurança adequada. «O território da Madeira é muito limitado. Não havia hipótese, por causa das estradas que circundam a ilha, de fazer-se uma expansão no sentido da lateralidade, porque aí estava o território imensamente limitado e, portanto, a solução era seguir o que a natureza nos ensinou. A natureza abriu os vales e nós fomos de encontro à natureza e fazemos a expansão através desses mesmos vales», explicou.
Por fim, disse ainda que a construção ontem inaugurada, que além da habitação terá uma creche (instalada pelo Governo ou por privados), uma clínica médica, farmácia, restauração e outros espaços comerciais, cria uma nova centralidade em Santa Cruz, juntamente com as infra-estruturas que a envolvem, designadamente as escolas, a piscina, o pavilhão desportivo, habitação, estacionamentos e o futuro “Plaza II”.
Plano de Urbanização em fase de discussão pública
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz adiantou que está neste momento em fase de discussão pública, até o princípio de Julho, o Plano de Urbanização da cidade de Santa Cruz, entre a zona de expansão, ao longo da ribeira, e o centro da cidade.
De acordo com José Alberto Gonçalves, este plano vai propor novos desafios a quem quer investir, assim como aos moradores da zona. Por isso aconselha a que as pessoas estejam atentas, se dirijam à câmara, tentem analisar bem o que é que o plano propõe e apresentem as suas ideias. Referiu ainda que isto é sinal também de que «há um esforço da autarquia para ultrapassar alguns constrangimentos que o nosso plano de urbanização nos trouxe. Desta forma, estamos a tentar captar mais investimento, para tentar que a cidade de Santa Cruz cresça de uma forma equilibrada».
Refira-se ainda que houve também tempo para cantar os parabéns ao responsável pela empresa IMOGAULA, António Aguiar.
a obra
O edifício “Santa Cruz Plaza”, construído junto à Cidade de Santa Cruz, representa um investimento na ordem de 15 milhões de euros, incluindo terreno e construção. É composto por 73 apartamentos, dos quais 17 são T1, 44 são T2, 12 T3 e 16 lojas comerciais. Há igualmente um espaço para uma clínica, uma creche, uma farmácia, um restaurante, uma agência de viagens, um cabeleireiro e uma frutaria. Paulo Aguiar, um dos administradores da IMOGAULA - Imobiliária de Gaula, referiu que o empreendimento obedeceu «com estrito rigor à preocupação de bons preços para os compradores». Para tanto, disse, «a empresa promotora reduziu sensivelmente a margem de lucro, no sentido de que só assim pode e deve trabalhar quando uma avassaladora crise financeira diminuiu a capacidade económica dos interessados na compra».
Jornal da Madeira
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