sábado, 8 de agosto de 2009

Zona do Matadouro «devia ser requalificada» ( Santa Luzia/Funchal)







A ampliação do centro de convívio, a requalificação da zona do Matadouro e a introdução de algumas alterações no trânsito nas principais artérias da freguesia por onde, em altura de escola, circula muito mais tráfego. Estas são as três grandes aspirações, não programadas, da junta de freguesia de Santa Luzia.
Em substituição do presidente daquele órgão de poder local (que se encontra de férias), o tesoureiro, José António Rodrigues, acedeu a falar ao JORNAL da MADEIRA, tendo referido que Santa Luzia dispõe de um grande número de escolas, as quais contribuem para um congestionamento de algumas artérias em tempo de aulas.
Assim, a Rua Pedro José de Ornelas (ou parte dela) e a Rua da Levada de Santa Luzia deveriam ter sentido único.
Esta situação já foi colocada à Câmara Municipal do Funchal, que estuda ainda a melhor forma de resolver o problema. Quanto à importância de ser ampliado o Centro de Convívio (que funciona na antiga escola do Pina), José António refere que a freguesia de Santa Luzia debate-se com o drama de ter muita gente idosa a viver só. «Estas pessoas precisam de ter actividades para não estarem tão entregues à solidão», refere o tesoureiro da junta de Santa Luzia.
«Temos muita procura e precisamos de um maior espaço para as pessoas da freguesia. Precisamos de um salão para realizar festas e convívios», afirma José António.
Num balanço, aquele representante da Junta de Freguesia de Santa Luzia afirma que «tudo o que estava programado, quer da parte do Governo, quer da parte da Câmara, foi feito.
O saneamento básico está a 100 por cento. Os acessos viários também. Ao nível da educação, a freguesia está bem servida e o mesmo se pode dizer em relação à saúde. No que toca à terceira idade, e para além da necessidade de ampliar o centro de convívio,há um Lar, o do Vale Formoso, que se encontra em obras e que vai dando resposta, como pode, às solicitações que vão surgindo.Ainda ao nível dos menos jovens, o tesoureiro da Junta de Freguesia de Santa Luzia diz-nos que há a ideia de criar um serviço de transporte para aqueles que vivem em zonas onde os autocarros da Horários do Funchal não conseguem chegar. No entanto, «ainda não se sabe como vai ser resolvida essa situação», refere José António.
No que toca aos mais novos, estes também estão a usufruir do Centro de Convívio. Durante estes três meses de férias escolares, aquele espaço foi transformado em ATL, ocupando os dias dos filhos dos residentes na freguesia.
Já no que se refere a espaços públicos de lazer, José António Rodrigues lembra que houve a recuperação de alguns jardins que trouxeram uma mais-valia à freguesia.
Um dos grandes problemas tem sido, sem dúvida, a questão dos estacionamentos, uma vez que, por ser uma freguesia urbana, Santa Luzia é diariamente procurada por muitos automobilistas que trabalham no centro da cidade, para estacionarem a sua viatura.
Ainda assim, a freguesia tudo feito no sentido de minimizar o problema dos moradores, criando estacionamentos para estes. Para além disso, a Câmara construiu um parque que, em muito, veio ajudar a atenuar o problema.
No que à actividade da Junta se refere, o tesoureiro daquele órgão de poder local afirma que a mesma prende-se, na sua maioria, com o apoio a reformados que, a viverem em condições precárias, pedem apoio para o melhoramento das suas residências.
A Junta proporciona também, todos os meses, cabazes alimentares a 23 famílias. Os filhos de algumas destas famílias vão beneficiar, também, de livros e material escolar para o próximo ano lectivo.
De resto, e conforme sublinha José António, pouco mais a junta pode fazer uma vez que tem um orçamento bastante limitado.
Para 2009, o orçamento daquela Junta foi de 191 mil euros, dos quais, 182 mil euros destinam-se a despesas correntes.
«Com este dinheiro, o que podemos fazer mais?», questiona José António, o qual adianta que, se não fosse a ajuda da Câmara Municipal do Funchal, «estaríamos abertos só para passar atestados».
A freguesia de Santa Luzia dispõe, neste momento, de sete mil e 300 eleitores, mas a tendência é a de vir a subir mais um pouco com o recenseamento automático.



Jornal da Madeira

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