sábado, 8 de agosto de 2009

Recuperação do Pico Branco em velocidade de cruzeiro (Porto Santo)

Rocha da Silva destaca que trabalho só será visível dentro de alguns anos







O Governo Regional, através da Direcção Regional de Florestas, prossegue com o trabalho de recuperação e reflorestação de alguns picos do Porto Santo. Numa altura em que muitos deles se apresentam de verde, as atenções viram-se agora para o Pico Branco, no lado norte da ilha. Este é um projecto que já foi anunciado há vários anos, mas que está agora numa fase de cruzeiro, conforme destacou ao JM Rocha da Silva.
«É um projecto de recuperação, em que se vão eliminando algumas espécies e vão-se replantando outras. Mas, isso é praticamente um trabalho que não se vê a olho nu», disse o director regional de Florestas, acrescentando que o objectivo consiste, essencialmente, em retirar alguma coisa que vá aparecendo e que não interesse que ali permaneça. «É um trabalho que só será notado por daqui a uns anos», complementou.
Relativamente aos outros picos da ilha, Rocha da Silva mostra-se satisfeito com o projecto de reflorestação que foi desenvolvido. «É um trabalho de vários anos. A partir de certa altura, as árvores ganham volume e de repente as pessoas apercebem-se que o trabalho está aí feito», disse.
Recordou que grande fase deste projecto é anterior à autonomia, tendo sido retomado em 1978, com a aquisição por parte do Governo Regional de uma série de terrenos, sendo que os projectos de arborização ganharam então outra dimensão. No entanto, Rocha da Silva garante que este é um trabalho contínuo, pelo que ainda há muito que fazer. «Numa primeira fase houve que travar o processo de erosão e de desertificação e, entretanto, entramos na fase seguinte, assente na recuperação do solo, já com outras condições que não as iniciais. Há trabalhos de outra natureza, como a plantação de novas espécies para ir diversificando as que já existem no Porto Santo. De maneira que este é um trabalho que não tem um fim à vista», observou.
Entre as espécies mais utilizadas, estão os pinheiros, mas entretanto também têm sido usadas outras espécies indígenas como o dragoeiro, a urze, a faia, as alfarrobeiras ou ainda as figueiras.
Para além da arborização, o trabalho de recuperação de miradouros prossegue no Porto Santo, embora com uma ou outra dificuldade. «Praticamente, todos os terrenos no Porto Santo são privados, pelo que para fazer qualquer intervenção, normalmente, há que proceder à aquisição dos terrenos para então poder fazer alguma intervenção. Aquilo que já está anunciado é, por exemplo, a transladação do viveiro dos Salões para um terreno a adquirir na Serra de Dentro, sendo que este dará lugar a um parque da cidade de Vila Baleira. O processo de aquisição dos terrenos está em curso, através dos serviços do Património, e só quando o processo estiver concluído é que vamos proceder à preparação dos terrenos para a sua função de viveiros, assim como construir as infra-estruturas de apoio ao mesmo», concluiu.


Jornal da Madeira

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