Concurso para futura Junta lançado em Setembro
A Câmara Municipal do Funchal vai lançar em Setembro o concurso público para o projecto de instalação da Junta de Freguesia de São Pedro e jardim público na zona envolvente à Fortaleza do Pico.
O projecto irá ter várias valências porque não estará em causa apenas a construção da futura junta de freguesia mas também a recuperação de toda a área envolvente, o miradouro e todos os jardins que ali existem serão recuperados. A zona será vedada, tal como como aconteceu com o Parque de Santa Catarina, e aberta ao público por um determinado período de tempo durante o dia.
De acordo com o secretário e candidato à presidência da Junta de Freguesia de São Pedro pelo PSD, Rafael Aguiar, «o edifício não será de grandes dimensões» porque, justifica o responsável «não podemos pensar em grandes projectos porque amanhã poderá faltar o dinheiro para outra coisa. O espaço tem tudo o que precisamos e isso é o que nos basta» refere. Este responsável espera que a obra esteja concluída até ao final de 2011, data prevista no programa.
Embora a Junta se mude para outra zona, o candidato explica que continuará a ser central porque é apenas uma questão de localização. «Fica mais longe para uns mas na mesma mais perto para outros, por exemplo, para as pessoas que residem nos arredores,», explica o responsável.
Acerca das obras levadas a cabo pela Junta nestes últimos quatro anos, Rafael Aguiar enumera o alargamento da Travessa Cruz de Carvalho, bem como o esfaltamento da Rua das Frias, outro «bem necessário» por tratar-se de uma zona «muito íngreme». Também em fase de acabamento está a rede de saneamento básico a qual, naquela freguesia já ronda os «80 por cento de cobertura».
«Da parte da Câmara não temos tipo quaisquer problemas tanto que temos contado com o seu apoio em várias valências. Quem vem para uma Junta está a lutar em prol das suas ideias. O fundamental tem sido os jovens e a terceira idade. Os jovens muitas vezes não têm o apoio suficiente e os mais idosos são muitas vezes abandonados pela própria família de uma maneira brutal.
A fazer falta à freguesia, Rafael Aguiar aponta a construção de um centro de dia. «Não é que não tenhamos esse centro, não temos é os espaços suficientes para acolher as pessoas sinteressadas em frequentar estes centros. Actualmente temos um centro de dia a funcionar na Rua dos Ilhéus e dois centros comunitários, um nas Cruzes e outro nos Viveiros», salienta.
Os 76 mil euros que recebe do Fundo de Financiamento de Freguesias não dão para muito mais do que assegurar a manutenção da junta. «Com o pouco temos de fazer muito. E são muitos becos e travessas que precisamos de manter» esclarece o responsável.
«A nossa maior obra é o trabalho que desenvolvemos junto da população. Embora sejam infra-estruturas pequenas e com pouca visibilidade, sabemos que estamos a satisfazer a nossa população», garante o secretário que acrescenta que as obras do contrato de programa foram todas concluídas com excepção da construção das futuras instalações da Junta que é uma obra do Governo Regional e da Câmara Municipal do Funchal.
Falta de civismo está a prejudicar o trabalho da Junta
A par do trabalho burocrático, a limpeza de becos, levadas, varandins e pisos em mau estado constituem as principais intervenções da Junta. Rafael Aguiar alerta ainda para a falta de civismo que algumas pessoas ainda têm. «As pessoas não têm consciência de que ao estragarem uma zona pública está a sair do bolso deles. Ainda no mês passado inauguramos o Miradouro da Achada que foi horas depois vandalizado», recorda.
Quanto aos apoios atribuídos pela Junta, destaque para aqueles que desenvolvidos com a terceira idade através do Centro Comunitário que está sediado no Edifício 2000. A entidade atribui ainda um cabaz anual a famílias carenciadas; realiza uma festa para crianças menos favorecidas e ajuda instituições de solidariedade (Centro da Mãe, CCD Luís de Camões e o lar de terceira idade que este centro coordena).
Jornal da Madeira
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