quarta-feira, 17 de junho de 2009

UMa terá até Dezembro um plano estratégico

Reitor quer definir metas a atingir e o que há para fazer nos próximos anos




O reitor da Universidade da Madeira quer definir, até final deste ano, o que será preciso fazer e como é que se o fará, bem como ainda estabelecer as políticas a seguir. Neste sentido, está a ser executado um plano estratégico para a UMa. Depois, a exemplo das universidades norte-americanas, Castanheira da Costa conta apresentar as Missões e a Visão da universidade.



Castanheira da Costa vai apresentar até final deste ano, um plano estratégico para a Universidade da Madeira, que definirá o que será preciso fazer, como fazer e ainda as políticas a seguir.
O reitor da Universidade da Madeira lembra ainda que esse plano irá aproveitar os estudos e os planos que o Governo Regional vem elaborando, nas mais variadas áreas e acerca das diversas realidades.
«Esse plano vai definir o que se pretende, como é que se pretende e quando é que se pretende, e é meu compromisso apresentar até final deste ano, no máximo no início do próximo ano», complementa.
Para além deste plano estratégico, há um «outro documento importante, que as universidades portuguesas têm mal definido, mas que está bem estruturado nas universidades anglo-saxónicas, mormente norte-americanas e inglesas e que chama-se Missões».
«Se for observar o nosso estatuto, o que lá encontra não lhe diz que aquilo que é verdadeiramente a missãoda Universidade da Madeira. A Universidade da Madeira e as universidades portuguesas em geral deveriam ter algo que as caracterizasse e que fosse próprio delas. O sistema português nunca identificou muito a necessidade disso, mas hoje em dia, a nível mundial, reconhece-se que esse é outro passo fundamental. Se uma pessoa olhar para a Missão apercebe-se facilmente que a universidade é do Texas, da Califórnia, etc», explica.
Castanheira da Costa diz que esse documento, que ultrapassa em pouco uma página, é muito difícil de escrever. Mas, será também uma coisa para fazer até final deste ano, até porque o Plano Estratégico deve resultar da Missão.
Paralelamente, «há ainda um outro documento muito importante, que é a Visão da Universidade». Um documento ainda mais curto, que as Universidades portuguesas não têm, e que é um texto muito pequeno e que define da forma mais objectiva possível aquilo que a Universidade pensa que é.
«Tem também de estar compatibilizado com o Plano Estratégico e com a Missão. É um documento que se vai alterando ao longo dos tempos e que identifica aquilo que é prioritário para a UMa nos próximos tempos, por exemplo “Transformar-se na Melhor Universidade da Macaronésia”. Nós não temos um objectivo desses, uma espécie de meta. Esse documento permitirá às pessoas, quando o lerem, ver quais serão os principais objectivos que a instituição pretende atingir nos próximos anos», conclui Castanheira da Costa.


Propinas deverão ser pagas mensalmente

Castanheira da Costa continua a garantir que as propinas não vão aumentar e adianta ainda que a Universidade vai estudar formas de ir de encontro dos mais necessitados, que têm dificuldades em pagar as propinas.
«Vamos estudar ao máximo as possibilidades que a lei nos dá. Já foi levantada a possibilidade de uma atitude de solidariedade social por parte da Universidade para quem tem dificuldades de pagar propinas, defendendo-se os pagamentos mensais. Nós não vamos, por princípio, opor-nos a uma ideia dessas. Mas, tenho de ser realista. Com a logística que a instituição tem neste momento e pela forma como o Orçamento é preparado, passar para outro modelo de pagamento não será fácil, até porque estamos já quase no fim do ano lectivo», explica. No entanto, garante que a Universidade da Madeira está a estudar, muito seriamente, a possibilidade de, a partir do próximo ano lectivo, as propinas passarem a regime mensal.
Quanto ao orçamento da Universidade, sublinha: «Com certeza que gostaríamos de ter um orçamento maior, mas eu julgo que, nestas coisas, temos de ir com cuidado. Ás vezes dizem-se coisas que são um bocado duras para as universidades, mas que temos de aceitar. Para nós, é importante que, numa primeira fase, consigamos obter o máximo de rendimento possível com o orçamento à nossa disposição. Depois, veremos o passo seguinte a dar...».


Mestrados estão a cativar estrangeiros de todo o mundo
Norte-americanos e chineses interessados


A Universidade da Madeira está a prestar vários serviços para o estrangeiro. É o caso de uma parceria estabelecida com a multinacional Siemens. Por outro lado, uma outra iniciativa, em colaboração com a Universidade de Carnegie Mellon dos Estados Unidos, está a trazer até à Região estudantes de outros países, como os Estados Unidos ou a China, interessados em participar no mestrado de Interacção Humano/Computador.
O reitor da Universidade da Madeira salienta que, na área da prestação de serviços, «já há muita coisa no terreno, que vão desde inquéritos a estudos mais concretos».
«É uma área em que precisamos de ter muito cuidado, devido à forma como se faz a gestão desse tipo de processos. A minha ideia é naturalmente aumentar esse tipo de prestação de serviços. Claro que isso passa por termos uma estrutura ágil, que permita lançar esse tipo de serviços depressa, mas também passa por termos clientes», realça.
Interpelado sobre que áreas da Universidade é que poderão vir a prestar esses serviços, Castanheira da Costa considerou que todas o poderão fazer, englobando desde as peritagens a trabalhos mais de fundo. No entanto, admite que há umas que têm mais predisposição para isso do que outras. É o caso da economia e da gestão e, eventualmente, das engenharias, onde existem contactos adiantados e mesmo contratos para desenvolver prestações de serviços. Aliás, há, neste momento, contratos para prestações de serviços junto de empresas/entidades estrangeiras, como é o caso da Siemens.
Por outro lado, «existe esta iniciativa com a Carnegie Mellon, que está a correr muito bem e que está a atrair para a Universidade mestrados de todo o mundo». «Não sei quantos foram ainda seleccionados, mas sei que há interesse de alunos dos Estados Unidos, da China, etc.», adianta.

Jornal da Madeira

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