Empresários madeirenses garantem 80 milhões de euros/ano fora da Madeira, mostrando que são competitivos à escala internacional
35% DA RECEITA DA AFA É FORA, ENQUANTO O GRUPO SOUSA FACTURA 20% NO CONTINENTE.
Data: 15-06-2009
AFA ganha construção de ponte
Recentemente, a AFA garantiu uma nova obra. A construção de uma ponte de 80 metros, que será erguida a 6 metros do plano de água do rio Lunege. Uma obra complexa, já que a fundação terá de ser feita em estaca. A empresa madeirense tem um ano para executar a obra e com isso facturar 2 milhões de euros.
Embora os empresários não sejam dados a grandes explicações, o DIÁRIO sabe que a AFA fechou o ano de 2008 com 135 milhões de euros de volume de negócio. Com a particularidade de 35% da sua facturação ser garantida no estrangeiro.
O polémico Grupo Sousa tem no negócio da logística - transporte terrestre - uma aposta de sucesso. Nos próximos 8 anos vai facturar 40 milhões de euros para garantir a distribuição de produtos alimentares do Grupo GCT, a partir de 16 cash-carry que a Elos tem distribuídos de Norte a Sul do país.
Depois de termos anunciado o arranque da primeira fase, em que o grupo madeirense investiu 2,8 milhões de euros para comprar 58 viaturas, a segunda fase do acordo obrigou a Opertrans II POR a investir mais 2,2 milhões de euros para comprar 17 veículos pesados. Sete conjuntos - camião + atrelado -, duas trelas de 20 pés e respectivos tractores, bem como 8 camiões.
Feitas as contas, o Grupo Sousa vai investir 5 milhões de euros, passando a ter no continente uma frota de 75 viaturas que lhe vão permitir facturar 5 milhões de euros por ano.
Sousa factura 10 milhões/ano
Mas Luís Miguel Sousa investiu outros 2,5 milhões de euros em Alverca. Num armazém com 6.000 m2 de área coberta, implantado num terreno com 9 mil metros quadrados. Um espaço considerado vital para o serviço que o transitário do grupo, com sede em Lisboa, - a Bitranlis - presta e que lhe garante a consolidação de 60 TEU´s por semana, ou seja igual número de contentores de 20 pés, que têm como destino a Madeira (90%) e os Açores (10%). Responsável por cerca de 4.000 TEU's por ano, a Bitranlis factura cerca de 5 milhões de euros ano.
Feitas as contas, o Grupo Sousa factura com as duas empresas que tem a operar no mercado continental cerca de 10 milhões de euros por ano, valor que significa já 20% do total do volume de negócio do Grupo Sousa.
Outro caso de sucesso é a Promosoft. Tudo começou no Funchal, há mais de 20 anos, com oito pessoas e apenas uma solução tecnológica. Hoje tem uma equipa composta por 170 colaboradores, com presença em seis países e com uma oferta completa dirigida ao sector bancário.
75% do negócio é no estrangeiro
A ambição de João Brazão, José Manuel Rocha e dos restantes sócios é de tal ordem que a empresa investiu, recentemente, 14 milhões de euros numa nova solução móvel para a banca.
Com uma forte presença nos PALOP, em particular em Angola, a Promosoft prepara para estender a sua actuação para a América Latina, Roménia e Malta.
Tendo fechado o ano de 2008 com 27 milhões de euros de volume de negócios, o mercado internacional representa para a Promosoft cerca de 75% da facturação.
Dão trabalho a dois mil metade dos quais madeirenses
São homens ricos, poderosos e não raras vezes são envolvidos em polémicas. Mas têm um peso determinante na riqueza gerada na Madeira, pois dois deles figuram entre os dez maiores contribuintes dos cofres da Região, através dos impostos que pagam. E representam um outro papel; são importantes empregadores.
A AFA dá trabalho a cerca de 600 madeirenses. E levou para África uma centena madeirenses, entre engenheiros, técnicos qualificados e operários. Nos países em que está a trabalhar, Avelino Farinha deu trabalho a 700 homens, num contributo igualmente importante no bem estar das populações locais.
Para além dos homens, a empresa madeirense de construção levou máquinas num valor de milhões de euros. Nalguns casos equipamentos novos, adquiridos para as empreitadas no Senegal e Mauritânia.
Quanto ao Grupo Sousa, o seu universo empresarial garante meio milhar de postos de trabalho. No continente, a Opertrans (110), Bitranlis (30) e a Empresa de Navegação Madeirense (10) dão trabalho a 150 pessoas.
Só a Opertrans tem 75 viaturas ao serviço. Todas elas equipadas com frio e geridas com a mais recente tecnologia. De tal forma que a empresa tem 75 motoristas, trinta ajudantes e apenas cinco administrativos.
Já a Promosoft tem ao seu serviço 170 colaboradores, dos quais 50 trabalham na Madeira. Mas há madeirenses a trabalhar em África, com a empresa a apostar na investigação e desenvolvimento tecnológico.
Estes três grupos empresariais garantem quase dois mil postos de trabalho. Um número que não é despiciente, até porque o sucesso dos empresários fora da Madeira é garante, também, da estabilidade futura dos colaboradores madeirenses. E em alguns casos o peso da actividade gerada é de capital importância nas comunidades onde desenvolvem o seu trabalho, como é o caso do concelho da Calheta.
============003 Título Forte Notas(4857457)============ Controlar do Funchal A frota da Opertrans POR II está equipada com todas a tecnologia de ponta,assumindo-se hoje como uma empresa de referência do sector. Porque todas as viaturas têm um computador e um GPS a bordo que permite que a direcção da empresa seja feita a partir do Funchal, recolhendo todos os indicadores necessário pela net.
800 clientes por dia
São duas operações distintas. O abastecimento dos clientes é feito por 58 viaturas, que garantem 800 entregas por dia. Já a operação de logística primário, que recorre aos camiões pesados, garante a distribuição por 85 pontos/dia. Feitas as contas, a Opertrans garante a distribuição de 450 toneladas/dia.
Apoio aos bancos
A Promosoft é um fornecedor de soluções eficazes, efectivas e de qualidade, centrando-se na indústria financeira e de integração de Sistemas. A principal oferta, para além da integração de sistemas, centra-se na concepção, desenvolvimento e suporte de aplicações integradas e modulares para o sector financeiro.
Projecto de 14 milhões
A empresa madeirense está agora a desenvolver um conjunto de novas soluções na área da mobilidade e dos meios de pagamento, na gestão do risco e no Business Intelligence. E está a finalizar os testes da nova versão a Banka 3G, que representou um investimento de mais de 14 milhões de euros.
Novas parcerias
Os madeirenses têm parcerias que permitem oferecer, complementarmente, SMS Banking e na biometria, com a Credirisk na Gestão do Risco, Credit Scoring e Recuperação de crédito, com a Softfinança na Gestão de ATM, com a Finantech na Gestão de Sala de Mercados.
Abertura do capital social
Novidade, também, é o facto da empresa madeirense ter decidido abrir o seu capital social a novos investidores, decisão já tomada e que aguarda, agora, a elaboração do plano de actividades e sobretudo uma aposta ainda maior na internacionalização. Os novos sócios vão permitir apostar forte em África e na América do Sul.
DN Madeira
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