quinta-feira, 4 de junho de 2009
Inaguraçao da beneficiação Caminho Municipal entre os Sítios do Atouguia e do Cabeço
PGRAM
Alberto João dá duas razões para o seu apelo à não abstenção nas europeias
Jardim diz que já não confia em Lisboa
Alberto João Jardim inaugurou ontem um caminho municipal há muito esperado na Calheta. A ocasião foi aproveitada para anunciar a construção de cinco novas igrejas na Região, bem como para um apelo à participação de todos nas eleições de domingo. Por duas razões: porque a Madeira precisa da Europa e porque Jardim já não confia em Lisboa.
O presidente do Governo Regional apelou ontem, mais uma vez, a que as pessoas não se abstenham de votar nas eleições do próximo domingo, para o Parlamento Europeu.
Alberto João Jardim deu duas razões para justificar essa participação. A primeira, conforme disse, foi a de que «o nosso caminho é a Europa».
A segunda foi: «Hoje, já não confio em Lisboa». Daí temer estarem em risco os direitos, liberdades e garantias da Região, o que o leve, um dia, a ter de recorrer às instâncias europeias para defender os direitos madeirenses.
O presidente do Governo falava na inauguração de um caminho municipal da Calheta.
Em relação à primeira razão, Alberto João Jardim explicou que, na próxima legislatura, o Parlamento Europeu vai regulamentar questões importantes para a Região, nomeadamente, os transportes, comunicações, energia, ambiente e Regiões Ultraperiféricas (RUP).
Jardim lembrou que as verbas europeias irão, principalmente, para as regiões mais atrasadas dos países de Leste, que aderiram à União. Daí ser necessário a Região invocar a sua situação de Região Ultraperiférica para continuar a ter os apoios de que precisa.
Ora, como adiantou, a questão das RUP será uma das primeiras a serem discutidas na nova legislatura do Parlamento Europeu.
Por isso, «pedia uma forte comparência nas eleições do próximo domingo. Precisamos muito da União Europeia», disse Jardim.
Quanto à questão da confiança em Lisboa, Alberto João Jardim salientou que confia apenas «no Presidente da República e pronto!».
Quanto ao resto, disse temer que «se continue a criar problemas graves à Madeira, a ponto de serem postos em causa os direitos, liberdades e garantias dos madeirenses».
Jardim lembrou que já foram feitas tentativas para se fechar o Jornal da Madeira, havendo agora outras tentativas para retirar património regional, nomeadamente às autarquias.
«Temo pelos nossos direitos. Temo que, amanhã, tenhamos que recorrer à União Europeia para defender os nossos direitos», acrescentou.
Estas as razões que o levaram a apelar novamente ao voto «seja lá em quem for». Até porque, conforme salientou, o voto é um direito de que as pessoas não devem prescindir e um dever que têm de cumprir.
Cinco igrejas previstas
Quanto à estrada ontem inaugurada, o presidente da Câmara da Calheta admitiu que a população daquela zona já estivesse zangada pela demora na concretização da promessa de fazer aquela via. Manuel Baeta explicou que tal se ficou a dever ao facto de a Câmara não ter dinheiro para fazer tudo o que pretende, nomeadamente agora que recebe menos verbas do Orçamento de Estado. Vão-lhe valendo, conforme disse, os apoios dados pelo Governo Regional.
Garantindo que irá continuar a fazer obra, Manuel Baeta deu o exemplo de uma rua até à futura nova igreja, projecto que está em fase de adjudicação, que será iniciada ainda este ano e concluída em 2010.
Alberto João Jardim, por seu turno, admitiu que as pessoas paguem os seus impostos e queiram ver obra feita, mas salientou que houve uma falta de compromissos por parte de Lisboa, o que o levou a demitir-se em 2007. É que, nessa altura, já não havia verbas para cumprir o que estava no Programa de Governo até 2008.
O presidente do Governo aproveitou para dizer que estão previstas cinco novas igrejas na Região, todas elas acertadas com a Diocese do Funchal, entre as quais a nova igreja do Atouguia, que deve estar no terreno em 2010. Três delas estão quase prontas e a adjudicação da igreja da Atouguia será lançada em breve.
Alberto João Jardim não gostou de saber que a Igreja do Loreto está atrasada devido a «divisões de opiniões», como disse o presidente da Câmara. «Quando há divisões, tem de haver quem mande!», replicou Jardim.
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a obra
O presidente do Governo Regional inaugurou ontem a beneficiação e pavimentação do Caminho Municipal entre os Sítios do Atouguia e do Cabeço, no concelho da Calheta. A obra resulta de um investimento da Câmara Municipal da Calheta, que ascendeu a 111.500 euros.
O caminho, que liga estas duas localidades com uma extensão de 700 metros, vem beneficiar diversos núcleos habitacionais e uma vasta zona agrícola.
Jornal da Madeira
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