A região, através da Valor Ambiente, já adquiriu vários oleões mas ainda não estão em uso
Data: 08-08-2009
Exemplo de um Oleão
Durante os próximos anos, deverão ser colocados nas vias públicas recipientes próprios para a deposições de óleos alimentares usados, 'ecopontos' mais conhecidos como oleões. As novas regras foram aprovadas pelo Governo no passado dia 5 de Agosto, por meio de um decreto-Lei que estabelece o regime jurídico da gestão de óleos alimentares usados. O novo decreto define não só circuitos de recolha selectiva dos óleos alimentares, mas também o seu correcto transporte, tratamento e valorização.
Numa altura em que são produzidas entre 43 e 65 mil toneladas de óleos usados no nosso país, uma produção que tem como principal responsável o sector doméstico, a medida é aplaudida por ambientalistas e pelas entidades.
Henrique Costa Neves, vereador responsável pelo pelouro do ambiente da Câmara Municipal do Funchal, concorda com a medida do Governo central até porque, poderá evitar que as pessoas façam aquilo que muitas vezes fazem e que é deitar os óleos usados pia abaixo. "Isto tem dois inconvenientes", explica. "O óleo solidifica por um processo de hidrogenação e entope as condutas de esgoto, mas também acaba por afectar os mecanismos mecânicos da Estação de Tratamento de Águas Residuais do Almirante Reis".
Fora do sector domésticos, o responsável refere que na Região já existem empresas locais que fazem a recolha e transporte de óleos alimentares usados, principalmente ao nível da hotelaria e restauração.
Cerca de 70 oleões na Região
Segundo o site da Valor Ambiente, empresa responsável pela gestão e administração de resíduos na Região, a partir de 2007 foram adquiridos oleões para instalação em vários locais da Madeira e Porto Santo, "no sentido de proporcionar pontos de deposição selectiva destes resíduos, para posterior envio para reciclagem".
O DIÁRIO sabe que alguns já foram instalados mas que ainda não estão operacionais em termos de sistema deposição e recolha. Mal o processo esteja pronto a avançar a empresa fará a devida divulgação junto da população madeirense.
O site da Valor Ambiente dá conta de 58 oleões de 300 litros e 11 oleões de 1.200 litros que serão espalhados por todos os concelhos da Região, em Ecocentros, escolas, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia e cuja localização pode ser consultada em no site da empresa (http://www.valorambiente.pt).
O que fazer?
Os óleos vegetais, também designados como alimentares, são resíduos urbanos, codificados na Lista Europeia de Resíduos (Portaria nº 209/2004, de 3 de Março) sob o código 20 01 25 - Óleos e gorduras alimentares.
Se no município onde reside já existirem contentores específicos para a recolha de óleos alimentares, guarde o óleo num frasco ou na garrafa de origem entregue-o aí. Caso contrário, é preferível recolher os óleos alimentares usados num frasco e depositá-los no contentor do lixo indiferenciado. Apesar de não ser a melhor opção, é preferível a despejar estes resíduos nos esgotos domésticos.
Reciclar os óleos alimentares/vegetais usados traz vantagens ambientais e económicas. Por um lado, evita a contaminação do ambiente, em particular o tratamento de água contaminada nas Estações de Tratamento de Águas Residuais. Apenas um litro de óleo contamina cerca de um milhão de litros de água.
A transformação em matéria-prima para várias indústrias e utilizações é ainda uma mais-valia económica da reciclagem desses óleos, com destaque para a produção de biodiesel, um combustível ecológico cada vez mais utilizado, mas também para o fabrico de componentes para sabão e de cosméticos
DN Madeira
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