Marítimo sofreu muito mas justificou o regresso à Madeira com um ponto
Apenas meia surpresa gelou “onda encarnada”
(Foto csmaritimo-online)
O jogo revestia-se de especial tensão, com o Benfica a entrar a todo o gás, mais a mais depois de saber que Sporting e FC Porto tinham empatado, mas o Marítimo não foi fazer de bombo da festa na Luz, muito pelo contrário. Com dois blocos bem definidos, Carlos Carvalhal definiu de forma inteligente os espaços que a sua equipa devia ocupar por forma a conter o previsível ímpeto dos da casa. E foi isso mesmo que conseguiu, aliando ainda uma faceta de contra-ataque muito bem conseguida com especial destaque para Manu, que deu muitas dores de cabeça à defesa contrária, sobretudo a Sidnei.
Mas o Benfica, com jogadores de grande categoria do ponto de vista individual, conseguiu criar a primeira oportunidade de golo, através de um livre directo cobrado por Pablo Aimar, com a bola a embater na trave da baliza do batido Peçanha. Estavam jogados 19 minutos e já o Benfica tinha mexido na equipa por força da lesão num joelho de Carlos Martins. Fábio Coentrão trouxe outra frescura ao Benfica, mas o Marítimo continuou no seu ritmo e com a lição bem estudada ia deixando o Benfica em palpos de aranha no contra-ataque, sempre com o activo Manu. Aos 24 minutos, David Luiz cortou uma bola dentro da área com a mão esquerda e o árbitro assinalou bem a grande penalidade. Alonso, chamado a converter, não vacilou ante a pressão dos adeptos contrários e com uma “paradinha” excelente sentou Quim e atirou para o outro lado. Estava feito o primeiro golo maritimista no campeonato e congelado o Estádio da Luz! Até ao intervalo, o Benfica carregou, criou algumas situações de perigo, mas o Marítimo foi chegando para as encomendas.
A segunda parte foi disputada a um ritmo estonteante, nem parecendo que se tratava do primeiro jogo da temporada. Os jogadores entregaram-se sem condições à partida e o resultado foi um bom espectáculo de futebol, sendo certo que o Benfica teve as despesas do ataque, até porque a isso era obrigado, ante um Marítimo sempre bem posicionado e muito inteligente. Peçanha foi o melhor jogador maritimista evitando o golo até o mais tarde possível, defendendo mesmo uma grande penalidade de Cardozo “inventada” por Saviola. O Benfica continuou a criar inúmeras oportunidades para marcar, mas Peçanha e companhia foram evitando esse cenário. Com a equipa da casa tão em cima do Marítimo, a equipa madeirense só rematou uma vez na segunda parte à baliza de Quim, foi João Guilherme quem o fez na cobrança de um livre directo.
O Benfica conseguiu, no entanto, chegar mesmo ao golo por Weldon que respondeu de cabeça a um livre do lado direito cobrado por Fábio Coentrão. Faltavam três minutos para os noventa e a pressão aumentou muitíssimo, com o Benfica a crescer a desperdiçar três oportunidades claras de golo em tempo de compensação, por Cardozo, Weldon e Rúben Amorim. O empate premeia o Marítimo que foi eficaz e inteligente na abordagem que fez ao adversário. Na parte final, os deuses do futebol estiveram do lado do Marítimo que saiu da Luz com um ponto muito suado...
Jornal da Madeira
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