quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Inaguração Infra-Estruturas Gerais do Vale da Ribeira da Ponta do Sol
PGRAM
Presidente do Governo referiu-se aos que embargam obras e disse
«O povo sabe o que tem a fazer»
O presidente do Governo Regional apontou, ontem, o dedo àqueles que embargam obras, impedindo o desenvolvimento e a criação de postos de trabalho.
Na inauguração da estrada marginal no vale da ribeira da Ponta do Sol e respectivas infra-estruturas gerais, Alberto João Jardim referiu-se ao projecto na zona do Lugar de Baixo. «Como sabem, está ali uma grande obra que está parada porque alguém a embargou».
O presidente do Governo Regional apontou, ontem, o dedo àqueles que embargam obras, impedindo o desenvolvimento e a criação de postos de trabalho.
Na inauguração da estrada marginal no vale da ribeira da Ponta do Sol e respectivas infra-estruturas gerais, Alberto João Jardim referiu-se ao projecto na zona do Lugar de Baixo. «Como sabem, está ali uma grande obra que está parada porque alguém a embargou».
E, disse, «o povo sabe quem embargou aquela obra» e «quem causou que de há anos para cá aquilo esteja parado, a não criar os postos de trabalho que já devia ter criado, a não existir ali a actividade económica que já podia existir». «O povo sabe quem fez isso e, portanto, o povo também sabe o que tem a fazer», adiantou o governante.
Neste seguimento, apontou igualmente o dedo àqueles defendem que seja tirado o enrocamento que está frente à Ponta do Sol, algo que considerou ser um «disparate». «Havia de ser bonito. Isto é, a Ponta do Sol deixava de estar protegida, abria-se a Ponta do Sol para norte, mas depois o mar rebentava a Ponta do Sol a sul. Com cabeças assim brilhantes, onde é que o mundo vai parar», criticou, acrescentando que desta forma (sem enrocamento) «todos os anos, com o Inverno, deixava de haver praia, a não ser que se entenda que tudo deve estar parado na Ponta do Sol».
De acordo com Jardim «são os mesmos que pararam e têm parado a obra lá adiante no Lugar de Baixo que também agora vêm com mais disparates e querem tornar vulnerável a vila da Ponta do Sol». Neste sentido, frisou que «os pontassolenses não podem consentir que a sua vida ande outra vez para trás».
Depois, referindo-se ao presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, salientou que o mesmo «serviu o povo» e «apresenta trabalho». Mas, por outro lado, sublinhou que «há quem tenha traído o povo» e «há quem tenha sido cúmplice dos dinheiros que foram tirados ao povo». Neste sentido, acrescentou que «eu, que acredito na justiça divina, também acredito na justiça dos homens».
O presidente do Governo Regional também se reportou à aposta nas energias alternativas, nomeadamente o parque eólico do Paul da Serra. Jardim disse que no Paul e serras que também são sobranceiras à Ponta do Sol «estamos a fazer como em todo o mundo, a caminhar para as energias alternativas, utilizar o vento para que saia menos dinheiro da Madeira a comprar fuel e gasóleo», mas, acrescentou, «eis que aparecem uns cérebros brilhantes – sempre a mesma gente – que dizem não se deve fazer aquilo», sendo que a solução seria «pôr as ventoinhas no mar».
«Com as profundidades que a Madeira tem, o que era preciso pôr de pilares, o que era preciso pôr de alicerces pelo mar abaixo para poder pôr aquelas ventoinhas enormes a fazer energia?», disse. De acordo com as suas palavras, tal seria mais caro que fazer um novo aeroporto. «E depois havia de ser bonito: do mar não se via a costa porque estavam as ventoinhas, e da terra não se via o mar porque estavam as ventoinhas. Isto é uma coisa de loucos», sustentou ainda.
Nesta ordem de ideias, o chefe do Executivo madeirense sublinhou que «se a gente aturar estes loucos, se a gente aturar estas pessoas que querem destruir tudo o que se está fazendo, ou que querem impedir que as pessoas tenham postos de trabalho, que as pessoas tenham empregos, que a economia ande para a frente, se a gente atura este tipo de pessoas, estamos já a expiar os nossos pecados».
«Política faz-se com visão do futuro ou não vale a pena fazê-la»
Com a inauguração da nova estrada, e tendo em conta o que a mesma representa em termos futuros para a Ponta do Sol, Jardim disse que «estamos aqui a fazer história». Isto porque «o futuro da Ponta do Sol será a expansão ao longo desta estrada que acabámos de inaugurar e em cuja beira se vão situar investimentos privados e também novos investimentos públicos».
O governante lembrou que há anos atrás começou-se com esta visão estratégica de «não deixar que a Ponta do Sol definhasse entre a ribeira e o mar», expandindo-a para norte, pelo que sustentou que «hoje estamos naquilo que será o futuro da Ponta do Sol por muitos séculos, em que gerações e gerações vão se habituar a lidar por aqui abaixo como se fosse a continuidade do centro da freguesia».
Aliás, Alberto João Jardim frisou «a política ou se faz com a visão do futuro, ou não vale a pena fazê-la». «Só é boa política aquela que constrói e que faz pensando no povo e pensando no futuro das várias gerações», referiu, voltando a acrescentar que «hoje estamos a fazer história» e que nesta obra concreta «o grande criador da história é o senhor presidente da Câmara», já que «foi ele que desenvolveu, insistiu e quis este projecto». «Foi ele que pressionou o Governo com a sua visão estratégica, no sentido de, jovem como é, pensar no futuro das gerações e no crescimento da Ponta do Sol», sublinhou.
A Obra
A obra ontem inaugurada compreende a correcção e canalização da ribeira da Ponta do Sol, com os respectivos muros de suporte, e a construção de uma estrada com uma extensão de 1.100 metros, tendo a faixa de rodagem sete metros e sendo rodeada de passeios de ambos os lados. No cruzamento com a Estrada Regional 222, foi construído um túnel com cerca de 100 metros. Foram igualmente construídos três pontões com 12 metros de vão livre, para além do lançamento de um tapete betuminoso. De sublinhar que no final desta estrada irá iniciar-se a futura Via Expresso para os Canhas, sendo que esta via será o primeiro troço da Via Expresso. Esta obra irá permitir implantar diversas infra-estruturas públicas, como uma nova escola básica do primeiro ciclo e a sede para a Polícia de Segurança Pública, e diversas iniciativas privadas, já que disponibiliza mais de 33 mil metros quadrados de área.
Trata-se um investimento do Governo Regional no concelho da Ponta do Sol que ascendeu a 5,4 milhões de euros.
Jornal da Madeira
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