terça-feira, 4 de agosto de 2009

Grupo 'Irmãos Chaves' investe 213 milhões em Angola

Grupo madeirense investe em parque empresarial e complexo habitacional
Data: 04-08-2009

O grupo madeirense 'Irmãos Chaves' vai avançar para a concretização de dois novos investimentos em Angola orçados em cerca de 300 milhões de dólares, qualquer coisa como 213 milhões de euros.

O investimento em causa inclui a construção de um parque logístico e de um novo empreendimento habitacional na zona de Talatona destinado ao sector médio/baixo, precisamente onde ainda se verificam inúmeras lacunas no mercado angolano. Este empreendimento será constituído por 600 apartamentos de várias tipologias e a sua construção, estimada em 60 mil metros quadrados, deverá arrancar no início do próximo ano. O prazo de execução deste projecto, que disporá também de amplas zonas ajardinadas, deverá ser de dois anos.

Parque empresarial


Paralelamente a este novo investimento, o grupo madeirense vai também arrancar com a construção de um parque logístico empresarial na zona de Viana e nas próximidades do porto ali existente. Este parque sera implantado numa area com cinco hectares e disponibilizará um total de 32 armazéns de várias dimensões, as quais variam entre os 500 e os 1000 metros quadrados.

No global, a concretização destes dois novos projectos representa um novo investimento da ordem dos 213 milhões de euros.

Segundo explica o administrador do grupo madeirense, Figueira Chaves, estes dois novos investimentos surgem na sequência da boa adesão que se tem verificado ao projecto 'Talatona Plaza', um empreendimento habitacional de luxo, cuja construção já arrancou no ano passado, e constituem mais um importante passo para a consolidação da presença do grupo madeirense no mercado angolano.

50% já está vendido


Neste momento, diz Figueira Chaves, aproximadamente 50% dos 128 apartamentos do empreendimento 'Talatona Plaza', cuja "inauguração contará com a presença do presidente do Governo Regional", já estão comercializados. No entender de Figueira Chaves, isto espelha bem "a boa adesão do mercado angolano a este tipo de produto". O facto dos promotores serem portugueses dá também, segundo o administrador do grupo madeirense, "uma maior segurança ao cliente angolano, não só em termos de cumprimento dos prazos de execução e entrega, mas também ao nível da qualidade".

A qualidade é, aliás, uma das grandes apostas do grupo. Daí que uma das preocupações dos promotores passe precisamente por uma fiscalização e acompanhamento rigoroso dos trabalhos de construção, de forma a garantir um produto final de qualidade superior e que esteja de acordo com as normas europeias.

Materiais da Madeira

Outra das preocupações e grandes apostas dos promotores é o recurso a materiais portugueses e, se possível, de origem madeirense. "Queremos fazer com que as empresas portuguesas produzam e vendam lá, inclusive a nós. Procuramos sempre colocar produtos 'made in Portugal' e sobretudo 'made in Madeira'". Prova disso é o facto de ainda recententemente terem sido enviados para Angola "nove contentores com materias produzidos ou adquiridos na Madeira. A nossa ideia é priveligiar os materiais e as empresas da Madeira", reforça Figueira Chaves acrescentando que "todos os alumínios serão também adquiridos a uma empresa madeirense".

Madeirenses gerem obra

Estas trocas podem, no seu entender, potenciar outros intercâmbios e investimentos angolanos em Portugal e na Madeira. Investir em Angola, diz Figueira Chaves, "é um risco grande mas compensador", pelo que a ideia é continuar a apostar neste mercado africano e promover a massa crítica madeirense além fronteiras.

Todos os projectos em curso ou previstos, sublinha Figueira Chaves, são "executados por um atelier de arquitectura madeirense". O mesmo acontece com o acompanhamento da obra que está curso de uma equipa "composta por três técnicos da Madeira". Equipa esta que deverá ser reforçada a curto prazo com o lançamento dos dois novos projectos que este grupo vai concretizar em solo angolano.


DN Madeira

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