O terreno da rua dos ilhéus estava na posse da câmara desde os anos 70 e não tinha uso
Data: 04-08-2009
A Câmara do Funchal prepara-se para entregar 64 lotes de hortas urbanas e, mesmo assim, os novos talhões não chegam para todos os que estão inscritos em lista de espera: 140. Com os novos terrenos - em São Martinho e na Rua dos Ilhéus - sobe para 106 o número de lotes distribuídos pela autarquia a título gratuito e para uso agrícola.
O terreno da Rua dos Ilhéus é grande e, embora pertença à Câmara desde os anos 70, estava esquecido e sem serventia. A autarquia decidiu limpá-lo e prepará-lo. Neste momento, decorrem ainda trabalhos (a colocação de cercas e das casas de apoio), mas o vereador do Ambiente conta entregar os 42 lotes na última semana de Agosto.
O espaço - que fica entre a Rua dos Ilhéus e o Hospital Central do Funchal - terá água da Levada dos Ilhéus para regar as futuras hortas. E o mesmo aproveitamento de água de rega será feito nos 22 lotes de São Martinho. O terreno, propriedade da Diocese do Funchal e anexo ao futuro jardim da freguesia, terá água da Levada Nova do Curral e Castelejo.
Mais pequeno, os trabalhos limpeza e preparação estão menos adiantados no terreno de São Martinho. A entrega aos candidatos só irá ocorrer em Setembro. Para já, o projecto de expansão fica por aqui, mas Henrique Costa Neves garante que a Câmara pretende mantê-lo e alargá-lo. "Vamos continuar e sempre que tivermos terrenos - de cedências de loteamentos ou permutas - vamos limpar e cedê-los aos candidatos".
Mesmo após a entrega destes 64 talhões, a lista de candidatos a agricultores urbanos continua extensa, anda nos 140 inscritos. As regras de preferência na atribuição mantêm-se e, à frente, estão os residentes na área das hortas. Certo é que, nestes quatro anos, a procura tem sido sempre maior do que a oferta.
O processo tem funcionado bem e, segundo o vereador, nestes anos apenas houve desistências em dois lotes na Ajuda. De resto, quem recebe o seu talhão (que é cedido de forma gratuita, com uma cerca e uma casa para guardar ferramenta e adubos) assina um termo de responsabilidade. Se não o cumprir, a Câmara do Funchal passa para quem se segue na lista de espera. "A avaliação que se faz, depois das hortas que lançamos na Ajuda e em várias zonas de São Martinho, é que este projecto é um sucesso. Aumenta as zonas verdes da cidade, aproxima as pessoas da terra, garante uma ocupação e até serve de terapia. E, quem cultiva, também contribui para a sua própria economia familiar".
DN Madeira
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