Primeiro aterro de inertes estará licenciado dentro de um mês e ficará em Santa Cruz
Data: 11-08-2009
A demolição do Savoy será feita por andares já que, segundo o director regional de Ambiente, a hipótese de implosão está posta de parte. O promotor - no caso o grupo SIET - terá de fazer a separação dos materiais e determinar o local de depósito dos entulhos. Segundo João Correia, o primeiro aterro de inertes da Madeira, localizado em Santa Cruz, estará licenciado a tempo da demolição do hotel.
Estas exigências constam do parecer que a Direcção Regional do Ambiente enviou à Câmara Municipal do Funchal. De acordo com a legislação em vigor, o Ambiente lembrou que cabe ao promotor fazer a separação dos materiais no próprio local da demolição. Ou seja, antes de os canalizar para o aterro de inertes, terão de separar madeiras, metais, plásticos, cimentos e ter especial atenção se houver materiais perigosos como áreas de revestimento em fibrocimento.
Feita a triagem, cabe também ao dono da empreitada a responsabilidade de canalizar os entulhos para uma área de depósito. O director regional acredita que o grupo SIET terá, quando iniciar a demolição, um aterro de inertes licenciado e preparado para receber estes materiais. O aterro, o primeiro do género na Madeira (os entulhos de obras eram até agora enviados para certos aterros de terras), estará a funcionar dentro de um mês e ficará em Santa Cruz.
No parecer enviado à Câmara do Funchal a Direcção de Ambiente faz também recomendações em relação a poeiras e ao ruído. No caso do pó, a hipótese de implosão está colocada de parte. De acordo com João Correia, a demolição será feita piso por piso, mas, mesmo assim, serão necessárias algumas medidas para minimizar os efeitos das poeiras no ar. Serão necessárias redes a cobrir os trabalhos, o uso de jactos de água durante a demolição e lavagem das rodas de todos os camiões antes de deixar o local da obra.
Os problemas de ruído foram levantados neste parecer emitido pela Direcção de Ambiente a pedido da Câmara do Funchal. É referido que as obras irão decorrer numa zona turística e residencial e por isso é preciso ter em conta os horários das obras e a intensidade dos barulhos das máquinas.
O grupo SIET - o promotor da obra - já informado destas recomendações e exigências do Ambiente através de um ofício da Câmara do Funchal. E, segundo o DIÁRIO apurou, o dono da obra de demolição do hotel Savoy, Santa Isabel e apartamentos anexos, já deu garantias que irá cumprir tudo o que se lhe exige em termos de parâmetros ambientais.
DN Madeira
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