sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ryanair mantém interesse em voar para a Madeira

Companhia irlandesa de baixo custo confirma o seu interesse em voar para a Região
Data: 07-08-2009



A companhia de baixo custo irlandesa Ryanair continua a analisar com a ANA as possibilidades de negócio e de abertura de novas rotas em toda a rede de aeroportos que então sob concessão da empresa aeroportuária nacional.

Daniel de Carvalho, director de comunicação da companhia, disse ontem ao DIÁRIO que a empresa mantém, naturalmente, o interesse já manifestado de incluir a Madeira na sua rede de destinos e aeroportos, apressando-se a sublinhar que o aeroporto da nossa ilha, tal como os outros da rede da ANA, oferece um interessante potencial para a abertura de novas rotas em Portugal.

O comentário surge numa ocasião em que a Ryanair acaba de anunciar a abertura de uma nova linha doméstica em Portugal, entre os aeroportos Francisco Sá Carneiro, no Porto, e Faro, no Algarve. Trata-se de uma linha que há cerca de 15 anos foi feita pela LAR - Linhas Aéreas Regionais, com aviões ATR, e depois pela PGA - Portugália Airlines. Nos últimos anos, alguns empresários com investimentos no Algarve têm procurado sensibilizar as entidades responsáveis pelo turismo para a abertura de uma linha aérea do Norte do País, como forma de quebrar a sazonalidade da hotelaria do Sul de Portugal, além de potenciar uma melhor acessibilidade entre o Porto e Faro, com evidente aproveitamento para o lançamento de pacotes especiais de fim-de-semana e em outras datas susceptíveis de aproveitamento turístico.

A Ryanair, que abrirá a nova linha no próximo dia 26 de Outubro, com quatro ligações semanais, a partir da sua base operacional no Porto, torna-se assim na segunda companhia aérea de baixo custo a iniciar uma linha doméstica em Portugal, depois de a EasyJet ter aberto, em 27 de Outubro de 2008, a linha Lisboa-Madeira-Lisboa, com dois voos diários.

Daniel de Carvalho desvalorizou o facto da sua empresa não ter aberto ainda a rota Porto-Madeira, como é desejo de muitos utentes e agentes de viagens, esclarecendo que há destinos que neste momento se apresentam com melhores condições de oferta e foi para esses que a Ryanair criou novas ligações. Contudo, o facto de reforçar a base operacional do Porto com mais um avião, em Março próximo, passando a contar com três aviões já a partir do próximo mês, é um facto que abre alguma disponibilidade para atender as pretensões dos que querem ver a Ryanair na Madeira. No total a companhia irlandesa diz que já investiu na base do Porto cerca de 146 milhões de euros, incluindo o novo avião Boeing 737 (48,6 milhões de euros). Por esse motivo também a oferta da companhia será concentrada nos aeroportos nacionais, sendo o Porto-Madeira um mercado atraente e capaz de gerar mais alguns milhares de passageiros por ano. Nos últimos cinco anos, aumentou bastante a procura dos passageiros nacionais por este percurso, estando os voos da TAP com ocupações e tarifas muito altas. A disponibilidade de mais lugares provocará também a procura por parte de turistas espanhóis residentes no Norte da Península Ibérica, além de outros que chegarão ao Porto nas ligações da companhia oriundas de outros aeroportos europeus.

A partir de 27 de Outubro, a Ryanair lançará ainda duas novas rotas para a Alemanha a partir do Porto, para os aeroportos de Dusseldorfe e de Baden Baden, com três frequências semanais. Também em Outubro a companhia irlandesa irá abrir duas novas rotas do Porto para Las Palmas de Grã Canária e para Tenerife, no arquipélago das Canárias. No total, a Ryanair passará a operar 21 rotas no aeroporto do Porto, responsáveis pelo transporte de 1,8 milhões de passageiros por ano.

A companhia também tem reforçado as suas ligações de e para Faro, e já manifestou interesse em utilizar o Aeroporto de Beja, no Alentejo, que até final do ano deverá abrir à aviação comercial, depois de importantes obras de adaptação de parte da Base Aérea ao tráfego civil.

"A Ryanair não desmente o interesse nos destinos, mas é muito cautelosa nas informações, de modo a não comprometer as negociações", observou Daniel de Carvalho



DN Madeira

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