Orquestra Clássica da Madeira estreia-se no “Grande Cortejo Alegórico de Carnaval”
O desfile da Caneca Furada, no Cortejo Alegórico de Carnaval, contará com a participação especial e inédita da Orquestra Clássica da Madeira (OCM), dirigida pelo seu maestro titular, Rui Massena.
Ferdinanda Sousa, responsável pela trupe funchalense, realça o facto de este projecto ser único em Portugal.
«Nunca uma orquestra fez parte de um cortejo de Carnaval no país», disse a mentora da Caneca Furada, que, no seu corso, apresentará o tema: “O mar e a pirataria”.
O colectivo de cerca de 50 elementos percorrerá as ruas do Funchal, na noite de 13 de Fevereiro, em dois carros, simbolizando barcos (galeões). Os músicos irão vestidos de piratas, em tons dourados e prateados, retratando uma época da História da Madeira, que remonta ao século XVI. «Em 1556, os piratas entraram, roubaram capelas e conventos, levando consigo preciosidades, como cereais e mulheres... As mais novas eram as mais caras e, por vezes, surgiam grávidas », refere Ferdinanda Sousa.
No Caniçal e na ilha do Porto Santo, continua a responsável, locais saqueados, «ainda se notam traços nas fisionomias, no tom de pele e nos cabelos louros (...) As freiras fugiram com algumas peças para um esconderijo, hoje chamado Curral das Freiras».
Num dos “galeões” do corso da Caneca Furada, a figura de destaque será Marina Rodrigues, enquanto que no outro estará Ana Fernandes.
O carro do som surgirá de seguida com música (em CD) orquestrada e cantada por Bruno Ariaff, acompanhado por Sofia Relvas e um outro grupo da Caneca . A canção também se intitula “O mar e a pirataria” e a letra é assinada por Maria Aurora. O desfile prosseguirá com a ala das bailarinas, aberta pelo coreógrafo e bailarino Colin Vieira, representando os naúfragos, vestidos e pintados de branco. Continuará com a ala dos piratas, com cores garrridas, e um elemento já tradicional da Caneca, “O Grande Colonizador” (Norberto), que fará a abertura de uma outra ala, com cerca de 60 foliões, representando freiras e nobres. A fechar o corso estará a banda da trupe, dirigida por Élio Jardim, com cerca de 50 elementos, os colonizadores e a sua rainha da bateria (Iolanda).
Os figurinos da Caneca Furada são assinados pela estilista Marisa Ferraz.
Marina Rodrigues integra corso
Marina Rodrigues será a figura de destaque de um dos carros da Caneca Furada. No outro “galeão” estará Ana Fernandes. No carro do som, a canção escrita por Maria Aurora e orquestrada pela OCM, será cantada por Bruno Ariaff, acompanhado por Sofia Relvas e um outro grupo da Caneca. O desfile prosseguirá com a ala das bailarinas, aberta por Colin Vieira, representando os naúfragos. Continuará com o grupo de piratas, com cores garrridas, e um elemento já tradicional da Caneca, “O Grande Colonizador”, que fará a abertura de uma outra ala, com cerca de 60 foliões, representando freiras e nobres. A fechar o corso estará a banda da trupe, dirigida por Élio Jardim, com cerca de 50 elementos, os “colonizadores” e a sua “rainha da bateria”.
O mar e a pirataria por Maria Aurora
Por anos e anos
Viveram no mar
Chegavam a terra
Só para roubar
Mas um dia fartos
Da pirataria
Desceram na ilha
Cheios de Alegria
E hoje os piratas
São uns foliões
Trocaram a espada
Por muitas canções
Refrão
Aqui na Caneca
Nada fica mal
Até o pirata
Brinca ao Carnaval
Piratas (com cores garridas), naúfragos (vestidos e pintados de branco), nobres, freiras e colonizadores desfilarão no corso carnavalesco da Caneca Furada. Os figurinos desta trupe são assinados pela estilista Marisa Ferraz.
Jornal da Madeira
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