Actor via com bons olhos ida de Jardim para Lisboa no sentido de ajudar o país
Data: 17-02-2010
O actor Ruy de Carvalho defendeu, ontem, no Funchal, que a ida de Jardim para Lisboa poderia ser benéfica para o país.
Ruy de Carvalho, que foi alvo de uma cerimónia de homenagem, na qual recebeu a medalha de mérito turístico, confessou gostar muito da Madeira, do povo madeirense e das atitudes de Alberto João Jardim. E até desejou que em Lisboa se reconhecesse que esta "é uma grande terra".
Elogioso com a Madeira e crítico com o país, Ruy de Carvalho disse mesmo que Portugal está "um pouco inclinado como a Torre de Pisa". "Temos de o pôr direito, vamos lá ver é se temos gente para fazer isso". E foi quando questionado sobre se Jardim poderia ser a pessoa certa para o fazer, que o actor respondeu afirmativamente. "Eu acho que sim. Os portugueses têm a mania que ele não presta, mas eu acho que ele presta para muito". E para que não restem dúvidas lançou várias questões aos jornalistas: "já viram a ilha maravilhosa que têm? Já viram o que ele fez por esta terra? Já viram uma terra que foi tão abandonada durante tantos anos e agora tem tanta coisa boa? Já viram onde se gasta o dinheiro da Região Autónoma da Madeira?". Ou seja, em seu entender, se Jardim fosse para o continente "era capaz de ajudar". "Não sei como estão as finanças aqui, mas lá estão muito más", vincou.
Com mais de 60 anos de carreira, o actor, que foi casado durante 53 anos com uma madeirense, mereceu também os mais altos elogios do presidente do Governo Regional.
Alberto João Jardim disse que o actor é uma referência da arte cénica e da cultura portuguesa. Sendo, por isso, uma honra para a Madeira homenagear Ruy de Carvalho e dar assim o exemplo a um país que ainda tem de se habituar a ser reconhecido às pessoas que o elevam. "Saber dizer obrigado é uma coisa que, às vezes, por preconceitos e complexos, não se gosta de fazer neste país ", destacou.
Não há sazonalidade
Ao contrário do que alguns personalidades ligadas ao turismo afirmaram recentemente, Conceição Estudante não aceita a leitura de que a Madeira está transformar-se num destino sazonal.
A secretária regional do Turismo e Transportes refere que o histórico madeirense em termos de ocupação hoteleira sempre teve altos e baixos, mas é, na sua essência, equilibrado.
Além disso, entende que a Região continua a ter a melhor taxa de ocupação do país. Daí que, em seu entender, os meses mais baixos exigem um esforço compensatório, que poderá fazer-se através de uma correcta política de preços.
DN Madeira
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