sábado, 20 de fevereiro de 2010
Reabilitação à espera da saída de inquilinos
Plano da ribeira de São João abre novas perspectivas de construção naquela zona
Data: 20-02-2010
A reabilitação do chamado 'quarteirão do Leacock', uma zona que apresenta um acentuado estado de degradação e que a Câmara Municipal do Funchal (CMF) tem referenciada como sendo prioritária em termos de recuperação no centro da cidade, está quase só dependente do acordo para a saída dos poucos inquilinos (três famílias, ao que apurámos) que ainda habitam nas casas. E isto porque a aprovação do Plano de Urbanização da Ribeira de São João veio trazer novas perspectivas em termos de construção para a zona.
De resto, aquando do período de discussão pública do referido plano de urbanização, deu entrada na CMF um estudo prévio, apresentado pelos proprietários, a Leacock Investimentos, com vista à requalificação daquele quarteirão situado entre as ruas Conde Canavial, Brigadeiro Couceiro e Major Reis Gomes.
O vereador com o pelouro do Urbanismo da autarquia funchalense, João Rodrigues, admite que aquela é uma das zonas da cidade "mais prementes em termos de intervenção urbanística", atendendo ao estado de degradação a que está votada. E que, por isso, tem merecido uma atenção especial da CMF, não obstante haver um reconhecimento pelo "grande empenho dos proprietários para encontrarem uma solução para o espaço". João Rodrigues admite que as regras de construção anteriormente definidas para aquela zona "não davam segurança nenhuma ao proprietário", ao contrário do que acontece agora, depois da aprovação do Plano de Urbanização da Ribeira São João. Um exemplo: dantes era possível apenas construir dois pisos; agora os edifícios podem atingir os cinco pisos, mais um recuado.
Várias ideias mas nada definido
Pedro Tavares da Silva, administrador da Leacock Investimentos, explicou ao DIÁRIO que "não há um projecto definido" para aquele local, existindo apenas "várias ideias sobre a mesa". Com a ressalva de que não está na posse de todos os pormenores do processo, já que a negociação com os inquilinos está a ser conduzido pelo seu irmão, Afonso Tavares da Silva (que se encontra fora do país e, por isso, incontactável), o administrador da empresa reconhece ainda assim uma certa morosidade associada à negociação. "Não podemos expulsar as pessoas", refere, acrescentando que os processo negociais têm-se resolvido sem grandes problemas. "A grande questão é que estas coisas são mesmo morosas", sublinha.
Pedro Tavares da Silva admite que algumas das casas apresentam-se bastante degradadas, contudo realça que "em nenhuma delas vivem pessoas". Do mesmo modo, garante que não existe qualquer perigo para quem ali circula. Já as casas ainda habitadas, acrescenta, têm condições de habitabilidade, razão pela qual os próprios inquilinos também ainda não tiveram pressa em sair.
"Aquele é um espaço nobre, por isso temos todo o interesse em encontrar uma solução o mais rapidamente possível", finaliza.
DN Madeira
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