O transplante de medula do bebé esteve marcado para a tarde de sexta-feira, contudo a equipa da Unidade de Transplante Medular do Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, liderado por Isabelina Ferreira optou por submeter Rodrigo Sousa à operação na tarde de ontem.
Após horas de expectativa, visto que a intervenção devia ter ocorrido pela manhã, mas que por contingências relativas a alguns procedimentos técnicos necessários, o transplante foi realizado por volta das 16 horas.
O pai da criança, Pedro Sousa, em declarações ao JM logo após a intervenção, confirmou que a mesma tinha corrido bem e que este tinha sido «um procedimento simples, mas muito precioso».
A intervenção a que Rodrigo Sousa foi sujeito, «é semelhante a uma transfusão sanguínea e que demorou cerca de três quartos de hora».
Ainda comovido, Pedro Sousa revelou que o filho «aparentemente está bem, está satisfeito, já comeu e agora está a dormir».
As primeiras horas após a intervenção a que Rodrigo Sousa foi submetido, são cruciais, bem como os «próximos dias e semanas serão determinantes», frisou o pai, que refere ainda que o «Rodrigo está agora em isolamento, onde irá ficar por três a quatro semanas».
Pedro Sousa não esconde a satisfação e lembra que «este era um passo que tinha de ser dado» e que só «foi possível porque realmente encontrou-se uma dadora compatível».
Cauteloso, mas aliviado, o pai do bebé de 10 meses, salientou que «agora vamos com calma e aguardar pelas próximas semanas».
Na última semana, Rodrigo foi submetido a tratamentos de quimioterapia pré-transplante.
Pedro Sousa não esqueceu as milhares de pessoas que voluntariamente responderam ao apelo para encontrar um dador compatível para o filho. «As palavras são sempre poucas para agradecer aos inúmeros potenciais dadores, porque realmente a manifestação que assistimos por parte dos madeirenses e a forma como ajudaram e como se predispuseram, é algo de extraordinário, que inclusivamente chegou ao continente», agradeceu Pedro Sousa, apelando às pessoas que ainda não estão inscritas como dadoras de medula que o façam, visto estarem ainda muitas crianças a aguardar por um dador compatível.
«A necessidade de dadores de medula não acabou com o transplante do Rodrigo. Ela continua e infelizmente há ainda muitas pessoas que necessitam», apelou Pedro Sousa.
Jornal da Madeira
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