sábado, 30 de maio de 2009

Centro comercial a “céu aberto” Ponta do Sol

Rui Marques quer levar festivais à marginal que será encerrada e ainda construir uma “promenade” a partir do Lugar de Baixo




( Jorge Nelson Alves in olhares)



Rui Marques quer ver construída uma “promenade” entre o Lugar de Baixo e o cais da Ponta do Sol, parte em túnel, à semelhança do que se fez entre a Doca do Cavacas e a Praia Formosa, no Funchal. Ou seja, com uma parte a céu aberto e outra em túnel, com “janelas”.
O presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol diz que esta é uma das obras que pretende ver incluída no programa do próximo Governo Regional.
O passeio marítimo, realça, seria uma mais valia para o concelho, ligando, a pé, uma zona de excelência de turismo, com marina e piscina, à zona histórica do concelho.
O autarca quer ainda levar a efeito uma profunda requalificação da marginal da vila, deixando-a apenas para trânsito pedonal.

Revitalizar o coreto

O projecto idealizado pelo edil prevê estacionamento subterrâneo e a instalação de estruturas fixas para eventos, sobretudo musicais. Rui Marques quer ainda revitalizar o velho coreto, que era uma referência da vila em tempos idos.
O nosso interlocutor quer ainda dinamizar o centro da vila. Neste sentido, a Câmara Municipal da Ponta do Sol vai chamar os proprietários dos imóveis do centro da vila. O objectivo é, explica Rui Marques, dinamizar o núcleo da urbe.
«Queremos que criem esplanadas, lojas, enfim algo que dê um maior movimento a toda esta área, chamando as pessoas para cá. Não queremos que este seja apenas um local de passagem, queremos que as pessoas parem cá!» — explica.

“Shopping center”O presidente da Câmara diz que o importante é aproveitar os espaços disponíveis e complementar o esforço da autarquia na requalificação do centro, que implicou o encerramento das ruas em toda aquela área.
Essa requalificação incidiu também, ao abrigo do programa URBCOM, na requalificação das fachadas dos edifícios
«A vila está muito melhorada. Falta agora dar-lhe uma nova vida» — reforça.
O edil lembra que o centro da vila é pouco habitado, pelo que a ideia é na parte mais baixa transformar aquela área numa espécie de “shopping center” tradicional, com lojas de artesanato, à semelhança do que acontece em Óbidos, Linhares ou Monsanto.
Nessa altura, o objectivo da edilidade será organizar eventos como feiras medievais, festivais de culinária, etc.
O autarca reconhece que este é um projecto ambicioso e que não se pode fazer de um momento para o outro. Mas, está confiante de que, com a ajuda do Governo Regional, a partir de 2011, será possível dinamizar o projecto.
Para a concretização da iniciativa, há uma premissa: a saída da PSP das actuais instalações.
«O edifício em questão não tem condições, conforme, por mais de uma vez, já afirmámos e, por outro lado, a sua localização é má, não só porque está em plena zona histórica, como porque obsta a um mais célere socorro», reitera Rui Marques.
O edil lembra que já foram feitas várias diligências para “tirar” a esquadra dali e que, inclusive, a Câmara já teve vários terrenos destinados para o efeito. Agora, vai reservar um local a norte, na zona de expansão da vila.

Rui Marques pretende “levar” mais para sul o enrocamento

Rui Marques preconiza ainda alterações no enrocamento de protecção à marginal. O autarca quer que o molhe seja projectado mais para sul, aumentando assim a área de praia e, paralelamente, permitindo que haja maior circulação de águas.
O presidente da Câmara diz que a questão já foi abordada com o Governo e que merece o maior interesse por parte da Câmara, que gostaria de ver a obra regularizada no mais curto espaço de tempo possível.
Paralelamente, o autarca recorda que a edilidade tem apostado na classificação de diverso património.
É o caso das igrejas de Nossa Senhora da Luz, de Nossa Senhora da Conceição e de Nossa Senhora da Piedade, das capelas de São Sebastião, de Santo António, de São João Baptista, de Nossa Senhora do Livramento, de Santo Amaro e de Nossa Senhora dos Anjos, das casas dos Azevedos (Câmara) e de John dos Passos, dos solares dos Esmeraldos e da Madalena do Mar e do Relógio de Água da Levada do Poiso.
Futuramente, serão classificados o cais da Ponta do Sol, o Palacete do Lugar de Baixo, a igreja do Cristo Rei, a Capela de Nossa Senhora da Piedade, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e o Monumento a Santa Teresinha do Menino Jesus, nos Canhas.


Jornal da Madeira

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