terça-feira, 4 de maio de 2010

Acelerar o processo Colombo’s

Jardim acredita numa solução para o empreendimento





O “Colombo’s Resort” tem solução, mas «é preciso andar mais depressa do que se andou até agora». A convicção é do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, que ontem, à margem da inauguração do Parque Fotovoltaico, no Porto Santo, disse que a resolução do impasse está «nas mãos da banca».


O presidente do Governo Regional disse ontem acreditar numa solução para o empreendimento turístico “Colombo’s Resort”, no Porto Santo, mas reconheceu que «é preciso andar mais depressa do que se andou até agora».
Alberto João Jardim falava à margem da inauguração do primeiro Parque Fotovoltaico da Região, localizado na ilha dourada, e que representou um investimento do sector privado de nove milhões de euros.
Durante esta inauguração foi elogiada a rapidez com que o parque de 60 mil metros quadrados foi construído, um andamento bem diferente da construção do “Colombo’s”, parado há mais de um ano.
Comentando o impasse daquele investimento superior a 120 milhões de euros, Alberto João Jardim lembrou que o “Colombo’s” se encontra, neste momento, «na mão da banca» e fez notar que «os bancos são empresas que também têm a sua responsabilidade perante a comunidade onde se inserem».
«São dois bancos que sempre tiveram essa responsabilidade e que eu tenho a certeza que não vão demorar muito mais tempo em encontrar as soluções, que também têm de ser aquelas que melhor interessem ao banco», declarou Jardim sobre o Banif e o BCP.
O presidente do Governo Regional recordou que se os bancos não encontrarem as soluções «são eles que perdem» e serão depois os conselhos de administração que terão de prestar contas aos accionistas.
O chefe do Executivo recusa, no entanto, comparar a situação do Colombo’s Resort com a do “Novo Mundo”. «Agora é diferente. Os bancos são de accionistas que pedem contas pela aplicação dos seus dinheiros», disse, rejeitando comparações com uma época em que a banca estava nacionalizada e situação «servia aos balanços anuais dos bancos nacionalizados».
Ontem, na inauguração do Parque Fotovoltaico do Porto Santo, esteve presente Joaquim Coimbra, o último accionista a entrar no projecto adquirindo, em 2008, 15% do empreendimento, numa altura em que «nada fazia prever» a paragem. O accionista não quis gravar com os jornalistas.
Entretanto, a Câmara Municipal do Porto Santo fez um género de ultimato às partes. Ou o processo é desbloqueado até Agosto ou será «muito difícil» à Câmara entrar com o apoio de 5 milhões de euros (prescindindo do IMT para mais tarde ou vender as quotas ou receber esse valor), assumido quando os governos Regional e da República e a autarquia local decidiram estudar o assunto e encontrar uma forma de ajuda financeira.
«Neste momento, como está não interessa a ninguém e tem de ser arranjada uma solução e quem tem de avançar com essa solução são os bancos e a construtora (Casais). O Porto Santo é que não pode ser penalizado pela paragem daquele empreendimento», disse Roberto Silva, que chama a atenção para os reflexos que o bloqueio pode ter em novos investimentos.
«Os bancos têm de avançar e têm de criar condições para aquilo ser viabilizado. Eles próprios não têm interesse que aquilo termine assim», insistiu o autarca, prometendo, da sua parte, «tentar aligeirar os processos aos máximo, de forma a que haja um encaminhamento o mais rápido possível» do caso.
O secretário de Estado Turismo preferiu, para já, não comentar o assunto, lembrando que a posição do Governo da República mantém-se inalterada. Porém, não haverá os 10 milhões de euros de Lisboa enquanto o impasse não estiver resolvido. No acordo acertado no Verão passado, cabe ao Governo Regional um milhão de euros.



Jornal da Madeira

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