sexta-feira, 14 de maio de 2010

Barreiros- «Estádio será auto-sustentável

Importante fonte de receita







A Carlos Pereira não duvida que o estádio do Marítimo será uma infra-estrutura auto-sustentável na sua gestão. Alerta que não poderia ser de outra forma e encara o novo recinto como fonte de receitas, decisiva para o futuro próximo, no qual prevê um esvaziamento dos subsídios.
«Nós sempre dissemos que o estádio seria comercial. Um estádio comercial não significa dizer que terá lojas. Um estádio comercial poderá ser com espaços que gerem comércio. Há actividades praticadas que são comerciais e não passam, necessariamente, pela abertura de espaços comerciais. Também os terá. O restaurante é, com certeza, um espaço comercial. O próprio espaço do clube e da SAD será comercial que irá gerar receitas a partir do marketing e merchandising. Não haverá é aquele conceito de lojas – não se pense que será uma loja aqui, uma loja ali – mas haverá espaços comerciais. Isto para dizer que sim, que a nossa perspectiva que é seja um estádio que a curto prazo seja auto-sustentável. Nem poderia ser de outra forma».
Pormenorizando as suas expectativas, revela que «não seria justo da nossa parte não pensarmos assim. O apoio que vem sendo dado ao desporto da Madeira tem tendência a diminuir cada vez mais. Então, é preciso que as instituições comecem a pensar seriamente que essa diminuição vai obrigar a que os seus dirigentes pensem em alternativas a receitas que não aquelas provenientes dos contratos-programa. Vejamos as dificuldades diárias, as dificuldades nos pagamentos que têm acontecido. Há reduções que em alguns casos já vão quase em 25 por cento. Temos consciência que isto tem uma tendência a acabar... as dificuldades são enormes e se nós não conseguirmos trabalhar de forma a que o estádio seja rentável e auto-sustentável, então mais valia não entrarmos nisto».
Carlos Pereira constata ainda que, «infelizmente, muitas instituições deram o passo maior que a sua perna e hoje estão falidas e fechadas. Algumas delas em locais privilegiados para o comércio, habitação... estão ocupadas por infra-estruturas desportivas não rentáveis. Estão literalmente falidas. Porque se fizeram apostas desorçamentadas que não respeitaram os orçamentos e entraram numa corrida que ultrapassou o próprio pé. Uns estão preso, outros estão fugidos... outros estão falidos».

Remodelação concluída em 2011

Era vontade do Marítimo que por ocasião das comemorações do centenário, as obras de remodelação do estádio dos Barreiros estivessem já (quase) concluídas. Contudo, tal não será possível e Carlos Pereira explica as razões: «temos que recapitular todo o processo do estádio e a forma como se desenvolveu. Se recuarmos no tempo, temos que fizemos um concurso público que ficou concluído com um atraso substancial. Porque houve reclamações, impugnações, acções e outras situações de ordem burocrática, que resultaram no atraso no início da obra. E como se não bastassem esses atrasos iniciais, no decorrer da obra ainda tivemos a intempérie de 20 de Fevereiro. Aliás, não é só a intempérie, mas todo um acumular de mau tempo que se fez sentir a partir de Setembro/Outubro de 2009 até praticamente esta altura. Por isso não foi permitido trabalhar à velocidade que pretendíamos e perspectiváramos. Como também é público, tivemos que fazer alterações e adaptações ao projecto inicial. Tudo isto fez com que a obra se atrasasse, porque era nossa intenção que em Fevereiro/Março de 2010 a primeira fase estivesse concluída e, logo, a segunda fase estaria terminada em 30 de Dezembro de 2010, fazendo a inauguração e estarmos de pleno direito no estádio remodelado». Assim, «é com alguma tristeza que constato que tal não será possível, dentro desses prazos previstos. Mas, lamentando que a primeira fase não esteja já concluído, digo também que é com muita alegria que vamos quase de certeza iniciar a próxima temporada no espaço já actualizado e com melhores condições, do que vem sucedendo até esta altura». Depois, a conclusão final, ocorrerá em 2011.



Jornal da Madeira

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